Marinha afunda corveta desativada em teste com mísseis (assista)

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A Marinha usou como alvo a ex-corveta, já desativada e preparada para o exercício (Marinha do Brasil)
A Marinha usou como alvo a ex-corveta, já desativada e preparada para o exercício (Marinha do Brasil)

 “Impacto no alvo, câmbio”, informou o comandante do helicóptero SH-16 Seahawk da Marinha do Brasil, após um espetacular teste com um míssil anti-navio Penguim que danificou seriamente uma embarcação militar desativada. A marinha divulgou nessa quinta-feira (28) um vídeo com as ações da Operação MISSILEX 2016, realizada entre os dias 11 e 20 deste mês, na região marítima do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O exercício também envolveu o lançamento de um míssil Exocet a partir da fragata União (F45), contra o mesmo alvo, uma ex-corveta da classe Frontin.

O míssil Penguim é uma arma do tipo “ar-mar” ou “mar-mar”: pode ser lançado a partir de helicópteros, aviões ou embarcações. O artefato pesa 385 kg, sendo até 130 kg de explosivos, e persegue o alvo orientado por radar, sensor de infravermelho e um sistema de mira laser, instalados no próprio míssil, que explode assim que toca o alvo.

O Penguim foi desenvolvido pela Kongsberg Defence & Aerospace, uma empresa de material bélico da Noruega. Além da Marinha do Brasil, o equipamento também é utilizados pelas forças armadas de países como Estados Unidos, Suécia e Turquia. As primeiras versões do míssil norueguês entraram em serviço em 1972.

Já o Exocet é um míssil que quase dispensa apresentação. Considerado uma das armas mais letais contra embarcações, o armamento desenvolvido pela empresa francesa MBDA também é parcialmente fabricado no Brasil, pela Avibras. O artefato pode ser disparado a partir de helicópteros, aviões, embarcações e até de submarinos – o Brasil opera as versões que podem ser lançadas de helicópteros e navios.

Enquanto o Penguim causa sérios danos a uma grande ou média embarcação, mas não a ponto de afundá-la, o Exocet pode ser interpretado como a ação final. Maior e mais pesado, o míssil de origem francesa é guiado pelo radar de seu vetor de lançamento (no caso do navio ou do helicóptero) e na parte final do trajeto entra no modo automático e explode ao contato com o alvo.

O Exocet é programado para acertar o casco da embarcação próximo a linha d’água, o que aumenta as chances de afundamento. E foi o que aconteceu durante o teste da Marinha. O míssil lançado da fragata União atingiu o alvo em cheio, que afundou minutos depois.

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