Com plano de arborização engavetado pelo prefeito, queda de árvores coloca douradenses em risco

Na tarde desta quinta-feira (06) a reportagem flagrou diversas árvores que caíram logo após o início da chuva na região do Jd. Paulista

  • Alexandre Duarte

Como tem sido habitual em Dourados nos últimos tempos, a cada chuva dezenas de árvores caem, atrapalham o fluxo do trânsito na cidade e geram outros inúmeros prejuízos quando tombam sobre alguma construção. Sendo assim, nesta tarde de quinta-feira (06) não poderia ser diferente, foi a água começar cair e várias árvores na região do Jardim Paulista vieram abaixo quase que instantaneamente.

Conforme já divulgado pela 94FM, há mais de dois anos o ‘Plano Diretor de Arborização de Dourados’ está engavetado pelo prefeito Murilo Zauith e até o momento não há previsão de quando poderá ser colocado em prática.

O plano se faz necessário, pois nele a arborização da cidade será regrada e regulamentada. Assim, a população terá em mãos diretrizes tanto para plantar como para remover uma árvore. Em um plano do gênero também são listadas as espécie indicadas para o plantio, como também as que são proibidas.

Em cidades onde projetos parecidos já foram implantados, também há o monitoramento das árvores. Desta forma, as que estão em risco iminente são removidas para evitar acidentes.

Com o plano, uma antiga queixa da população de Dourados poderia ser sanada, que é falta de substituição das árvores que são arrancadas de forma arbitrária ou que caem de forma natural. Em todas as ruas do centro da cidade é possível observar vários “buracos” onde antes havia uma árvore.

E  não há motivo para a prefeitura adiar o projeto. Se o problema era falta de dados, de pesquisa, isso foi resolvido quando pesquisadores ligados à UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), doaram à administração municipal um amplo estudo sobre as árvores da cidade, que contém praticamente todos os subsídios técnicos necessários para a criação do Plano de Arborização.

Em contato com a prefeitura, a reportagem perguntou se há um prazo para a implantação do plano, como também, qual alternativa paliativa a administração tem para amenizar os problemas neste momento. Porém, até a publicação deste material, os responsáveis não haviam se manifestado sobre o caso.