Família reclama do descaso em jogo de “empurra” nos hospitais de Dourados

  • Karina Veríssimo

Gislaine Peres Amorim procurou a redação da 94FM na manhã desta quinta feira (5) para relatar o descaso com a saúde da irmã Kátia Solange Peres, 34, que está internada no Hospital da Vida para realizar uma cirurgia de vesícula. De acordo com Gislaine, a cirurgia é de urgência, devido complicações que ocorreram desde o último sábado por diagnóstico médico equivocado da UPA. A pedra da vesícula se deslocou para o Pâncreas e ficou alojada no canal Biliar.

- “Minha irmã procurou a UPA com muita dor no sábado, lá o médico que a atendeu disse que ela estava com crise na coluna. Ele a medicou e a mandou de volta para casa”.

Segundo a irmã, na segunda feira, sem aguentar de dor, Kátia procurou o posto de saúde do Parque das Nações II, onde a médica contradisse o diagnóstico do profissional anterior e informou que era pedra na vesícula e a aconselhou a procurar a UPA novamente para exame de ultrassom.

- “Ela voltou à UPA e fez o exame que confirmou a pedra impedindo o canal Biliar. Desta vez a médica encaminhou minha irmã para cirurgia no Hospital da Vida, local onde está internada desde terça”.

Passados dois dias sem realizar nenhum procedimento, a família está indignada com o jogo de “empurra empurra”, pois, Gislaine declarou que “o Hospital da Vida não pode realizar este tipo de cirurgia e solicitou a abertura de uma vaga no Hospital Universitário que negou o procedimento com a justificativa de falta de vagas.

Como não há agilidade na resolução do problema, a família buscou amparo na Defensoria Pública, que disse que iria tentar resolver o problema. Gislaine disse que uma das explicações para a demora no procedimento são questões burocráticas relacionadas à terceirização do procedimento em hospital particular.

- “Enquanto fica neste impasse, minha irmã sofre e a bebê dela de um ano e seis meses também por ficar sem a mãe. É angustiante ficar nesta situação. Embora a Defensoria Pública tenha dito que vai nos ajudar, não podemos ficar calados com tamanho descaso com o povo desta maneira”.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.