Mãe de douradense morta na Espanha faz apelo para conseguir transladar corpo da filha (veja vídeo)

Patrícia Souza Leal, 28 anos, foi encontrada morta em Madri na última quarta-feira (15). Namorado é o principal suspeito

  • Alexandre Duarte

Desde que a douradense Patrícia Souza Leal, 28 anos, foi encontrada morta na casa onde morava, em Madri, na Espanha, a família da vítima vem passando por maus bocados. Além da tristeza e da dor, convivem há quase uma semana com a falta de notícias e com dificuldades financeiras e burocráticas para transladar o corpo.

Em um apelo emocionado durante o Programa Marçal Filho, na manhã desta segunda-feira (20), a mãe de Patrícia, a cozinheira Eva de Souza Nazareth, disse que não sabe o fazer e que a família não tem condições financeiras de arcar com a despesa de no mínimo R$ 30 mil para trazer o corpo para o Brasil.

“Eu preciso da ajuda do povo brasileiro, dos políticos e também do prefeito Murilo. Peço para o povo douradense que me ajude pelo amor de Deus. Eu quero e preciso dar um enterro digno para minha filha”, lamentou.

Conforme Eva, a filha morava na Espanha há oito anos. Ela se mudou para o país europeu com o intuito de juntar dinheiro para realizar um antigo sonho, que era montar uma loja de roupas.

Doações

A mãe de Patrícia relatou também durante o Programa Marçal Filho, que se emocionou com a primeira doação que recebeu. “Foi de uma criança de cinco anos, ela chegou e me entregou R$ 2, dizendo que havia pedido ao pai para poder me ajudar”, comentou.

A família disponibiliza uma conta bancária para doações. Conta corrente nº 2445-7, agência nº 1101-0, Banco Bradesco, em nome de Eva de Souza Nazareth. Ou quem preferir, pode levar a doação pessoalmente na Rua Ponta Porã, 5341, no Jardim Ouro Verde, em Dourados.

Ministério

Marçal Filho já intercedeu junto ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, a fim de viabilizar o translado do corpo de Patrícia, porém, em resposta às solicitações do deputado, o ministério alegou que não existe previsão legal na legislação brasileira para arcar com este tipo de despesa.

Mesmo assim, Marçal garantiu que não irá desistir da causa e também lamenta os entrevas burocráticos do governo federal. “Isso no mínimo é lamentável, pois vemos todos os dias presos perigosos sendo transportados em aviões da Polícia Federal, vemos vários ministros usando aviões da Força Aérea, muitas vezes por motivos fúteis. E agora nos dizem que não temos a possibilidade de repatriar o corpo de uma legítima brasileira que foi brutalmente assassinada noutro país”, reclamou.

O crime

A brasileira, nascida em Dourados, residia na Espanha há oito anos. Ela foi encontrada morta na quarta-feira (15) à noite, na residência onde morava de aluguel. O corpo foi localizado após o dono do imóvel estranhar o fato de a brasileira não ter saído para trabalhar, então comunicou os amigos da vítima, que minutos depois entraram no local e se depararam com várias manchas de sangue e o corpo de Patrícia.

Rumores da imprensa espanhola sugerem que a douradense pode ter sido morta pelo namorado, um homem da República Dominicana.

Veja o vídeo: