Prefeitura tem 15 dias para cumprir acordo e educadores manifestam ‘preocupação’

Acordo firmado entre as partes no dia 1º de agosto suspendeu a greve que já durava 12 dias

Reunião realizada em agosto resultou em acordo entre prefeitura e educadores, o que suspendeu a greve (André Bento/Arquivo)
Reunião realizada em agosto resultou em acordo entre prefeitura e educadores, o que suspendeu a greve (André Bento/Arquivo)

O acordo firmado entre a Prefeitura de Dourados e o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) no dia 1º de agosto deste ano para por fim à greve na rede municipal de ensino está prestes a acabar. Nesta terça-feira (30) os educadores lembraram que o prazo final termina em 15 dias e manifestaram preocupação quanto à falta de repostas da administração municipal sobre o atendimento às reivindicações da categoria.

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Há dois meses, o procurador geral do Município, Alessandro Lemes Fagundes e a secretária de Educação Marinisa Mizoguchi participaram de um encontro com educadores na Câmara Municipal. Nessa ocasião, assumiram o compromisso de apresentar até a segunda quinzena de agosto soluções para atender às pautas da categoria. Foi esse acordo que suspendeu a greve e deu fim ao bloqueio da MS-156, feito por educadores indígenas.

Mas os trabalhadores da educação de Dourados afirmam que nem tudo o que foi acordado naquela oportunidade foi executado. “As reuniões ligadas a inclusão do administrativo estão ocorrendo entre a Procuradoria e Comissão Simted, e caminhando para finalização junto ao governo. Já o piso pra 20 horas, o prefeito municipal e sua equipe ainda não recebeu o sindicato para negociações, situação que traz preocupação para diretoria do sindicato, apesar de semanalmente ter sido protocolado o ofício com pedido de agenda”, revela o Simted em informativo.

Os sindicalistas lembram que a reunião de agosto resultou no “compromisso estabelecido com o governo municipal” sobre as duas pautas: “Inclusão do administrativo e piso para 20 horas. Somado as questões da educação indígena”.

Diante da falta de compromisso demonstrada pela administração municipal, o presidente do Simted, João Azevedo, diz que "essa situação é preocupante, pois sem estabelecer um debate propositivo entre as partes, o processo de estudo e a própria publicação da lei do piso para 20 horas fica comprometida".

De acordo com o informativo, a direção do Simted “tem se empenhado em buscar essa audiência com a administração municipal, mas já demonstra preocupação com a situação e as consequências que essa falta de diálogo pode gerar”.

As aulas na rede municipal ficaram suspensas por 12 dias (17, 18, 21, 22, 23, 24, 25, 28, 29, 30, 31 de julho e 1º de agosto de 2014) por causa da greve dos educadores. Em resolução publicada no dia 15 de agosto, a secretária de Educação determinou que os dias de paralisação devem ser repostos até dia 30 de dezembro.

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