Revoltados pela invasão no Dioclésio Artuzzi III fazem plantão na prefeitura de Dourados e buscam solução

Cerca de 70 pessoas estiveram em reivindicação na manhã desta segunda feira (13) na prefeitura municipal de Dourados para cobrar do prefeito Murilo Zauith uma solução a cerca da invasão ocorrida no residencial  Dioclésio Artuzzi III, no final da tarde deste sábado.

Houve uma tentativa de invasão no gabinete oficial, mas a Polícia Militar e a Guarda Municipal foram acionadas para conter a população que afirmava que não sairia do local enquanto não tivesse um posicionamento e reunião com Zauith.

Os manifestantes foram encaminhados ao auditório, onde o secretário de planejamento de Dourados, Luiz Roberto Martins, atendeu as famílias em nome do prefeito, que estava em reunião com deputados. Segundo ele, a prefeitura vai buscar intermediar a comunicação entre a população que se sente lesada e órgãos competentes pelo conjunto.

“A construção do residencial é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal e da empreiteira. São recursos federais investidos, portanto, a prefeitura não tem gerência para atuar sobre a questão, mas está empenhada em resolver a situação”, explicou.

Foi formada uma comissão de representantes dos manifestantes e da prefeitura para conversarem com a gerência da Caixa Econômica Federal ainda hoje, por volta das 16h. De acordo com o secretário, até o cronograma de entrega do residencial depende da CEF e não da prefeitura.

A contemplada Lisandra Roberta disse que “não quer nada além dos direitos dela e que um abaixo assinado foi preenchido para ser entregue à CEF para que haja urgentemente a reintegração de posse e que as casas sejam entregues aos donos legais”.

Uma das líderes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Rosimeire da Silva, a Léia, informou à equipe de reportagem da 94FM que não foi o grupo organizado por ela quem invadiu as casas e que não há informação sobre que grupo é esse que tomou à força o residencial.

INVASÃO

O Dioclésio Artuzzi foi invadido no final da tarde deste sábado por cerca de 450 famílias que arrombaram as portas e tomaram posse. Há informação de que as pessoas que já haviam sido sorteadas também participaram da invasão.

O vandalismo e depredação estão ocorrendo no local, onde pias, telhas, vasos sanitários e azulejos estão sendo saqueados.