‘Sedutor’ que pegou R$ 200 mil de namoradas ainda tenta lesar vítima

Estelionatário teria feito cartão crédito adicional

  • Midiamax
‘Sedutor’ que pegou R$ 200 mil de namoradas ainda tenta lesar vítima

Jovem de 25 anos, suspeito de aplicar golpes que somam aproximadamente R$ 200 mil, em três mulheres em Campo Grande, teria atacado mais uma vez nesta semana. De acordo com a irmã da vítima que perdeu mais de R$ 100 mil, o estelionatário fez um cartão de crédito adicional, usando os dados da irmã dela.

Segundo a irmã, nos últimos dias, a vítima do estelionato - que já foi investigado pela polícia em fevereiro -, recebeu mensagens da operadora de cartão de crédito no celular, informando que o cartão em nome do estelionatário tinha sido recusado. Ela estranhou e entrou em contato com a empresa.

O que impediu o rapaz continuar aplicando golpes, conforme a irmã, é que o cartão titular foi bloqueado pela vítima. Por isso, cada vez que ele tentava usar, o cartão era recusado e a titular recebia uma mensagem informativa.

Somente na última quinta-feira (23), teriam sido cinco tentativas de usar o cartão em um fast food e em um restaurante japonês. “É mais um criminoso a solto. Queria saber o que ele falou para não pagar a conta ou se fez alguma coitada pagar”, indaga.

Segundo a irmã da vítima, o novo evento foi acrescentado no boletim de ocorrência por estelionato que já havia sido registrado e que gerou o indiciamento do rapaz por estelionato. Porém, ela questiona o fato dele não ser preso. “Não foi feita prisão e ele continua cometendo estelionato”, diz. Procurado pelo Jornal Midiamax, o delegado que conduzia as investigações, Miguel Said, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, afirmou que “Não tinha mais nada para falar sobre isso”.

Ainda conforme a irmã, após ele se investigado e indiciado pelos crimes de estelionato o rapaz ainda voltou a entrar em contato por mensagem com vítima e perguntar se ela estava arrependida. “Perguntou por mensagem se ela não estava arrependida de tudo que fez. Ele ainda perguntou se tinha alguma roupa dele com ela”.

Caso

Três mulheres procuraram a polícia e foi descoberto que o jovem mantinha relacionamento amoroso simultâneo com duas delas. O suspeito contou à autoridade policial que namorava as mulheres, que elas davam o dinheiro de livre espontânea vontade e que também gastava o dinheiro com elas. “Ele disse que pegava o dinheiro, mas que não pedia nada. Alega que devolveu parte do dinheiro para uma das vítimas e disse que é o amor”, contou Said na época em que concluiu o inquérito.

O jovem vai foi indiciado pelo crime de estelionato, que tem pena de um a cinco anos de detenção.

Golpe

Foi apurado pela polícia que o jovem se aproximava das vítimas e aparentemente interessado em um relacionamento amoroso e passava a convencê-las a depositar o dinheiro para ele. Ele teria aplicado os golpes durante cerca de cinco meses e uma das vítimas relatou estar noiva dele.

Da primeira vítima ele conseguiu cerca de R$ 100 mil, da segunda, R$ 50 mil e da terceira, R$ 40 mil. Ele também teria se apossado do carro de uma das vítimas. Veículo foi recuperado em Ponta Porã. O jovem também tem um registro de estelionato por usar cheque de terceiros para fazer compras e não arcar com a divida.

Ponta Porã

Uma das vítimas relatou à Polícia Civil que teve um relacionamento de seis meses com o suspeito e que desde setembro de 2014 percebeu que estava sendo vitima de um suposto estelionatário.

Ela registrou um boletim de ocorrência contando que o suspeito estava morando com a ela quando teria furtado cartões de crédito e se apropriado das senhas que a vítima guardava junto com os cartões. A vítima relata ainda que o jovem usou cartões de crédito da sua mãe e realizou diversas transferências bancárias para a sua conta.

De acordo com a ocorrência, no dia 28 de novembro de 2014 o suspeito teria pedido o carro da mulher emprestado para ir a Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, e alegou que retornaria no dia 4 de dezembro, o que não aconteceu. O suspeito foi autuado pela Polícia Civil no dia 12 de dezembro por receptação.

 

*O nome do indiciado não foi indiciado, pois a polícia não divulgou a identificação na época da investigação e em consulta ao sistema processual do TJ MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) não foi localizado o processo por estelionato em nome do rapaz. 

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