Egito: quatro são julgados pela morte filmada de um cão

Quatro homens serão julgados no Egito pela morte filmada de um cachorro em plena, em um caso que provocou grande comoção no país - informou a Procuradoria da República neste sábado.

No vídeo, divulgado esta semana na internet, é possível ver um cachorro, preso a um poste, recebendo diversos golpes de faca. A cena, praticada de madrugada, ocorria na frente de várias pessoas - algumas delas pedindo que o animal fosse poupado.

O processo será aberto na próxima quarta-feira (4) diante de um tribunal correcional.

Três homens, presos na quinta-feira, são acusados de terem "matado um animal de estimação torturando-o até a morte", de terem "semeado o terror entre os cidadãos" e "de posse de armas brancas", informou a procuradoria.

O dono do cão também será julgado por ter entregue o animal. O órgão expediu um mandato de prisão contra o proprietário, que explicou a um site de notícias egípcio ter sido obrigado a assistir aos maus-tratos sem poder reagir.

Antes de ser preso, um dos três homens afirmou a um jornal local que o cão o mordeu "em uma área sensível" alguns dias antes de seu casamento e que ele quis se vingar. Matar um animal sem razão é proibido pela lei egípcia e, segundo o advogado Farid al-Deeb, os acusados podem pegar até seis meses de prisão caso sejam considerados culpados.

As consequências judiciais do caso são uma rara vitória para os defensores dos direitos dos animais no Egito, onde as autoridades ignoram os abusos cometidos contra os bichos.