Síria acusada de adultério pelo EI sobrevive a apedrejamento

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Jihadistas na cidade síria de Raqa (AFP/Welayat Raqa/AFP)
Jihadistas na cidade síria de Raqa (AFP/Welayat Raqa/AFP)

Uma síria acusada de adultério pelo grupo Estado Islâmico (EI) sobreviveu de forma milagrosa ao apedrejamento e conseguiu fugir, informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

De acordo com a ONG, os jihadistas condenaram a mulher ao apedrejamento por adultério em Raqa, reduto do grupo extremista no norte da Síria.

"Lançaram pedras contra ela na rua Ferdus, em Raqa, até que acreditaram que ela estava morta. Mas, contra todos os prognósticos, a mulher sobreviveu, levantou e conseguiu fugir", afirma um comunicado do OSDH, uma organização com sede em Londres, que conta com uma ampla rede de fontes na Síria.

"Um dos jihadistas tentou abrir fogo, mas um juiz islamita atuou para impedir, afirmando que a sentença de morte estava anulada porque Deus não quis que ela morresse", completou a ONG.

Desde junho de 2014, o OSDH contabilizou 15 pessoas, incluindo nove mulheres, executadas por "adultério e fornicação". O EI e seu rival jihadista Frente Al-Nosra impõem uma versão muito rígida da sharia (lei islâmica) nos territórios que controlam na Síria.

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