Acadêmica pede dinheiro para agiota e na entrega é estuprada

Criminoso disse ter servido à PM e saiu por causa de corrupção

  • Correio do Estado
Acadêmica pede dinheiro para agiota  e na entrega é estuprada

Acadêmica, de 25 anos, foi estuprada por agiota depois de pedir dinheiro emprestado. O fato ocorreu na noite de ontem (24), na casa da jovem, em bairro de Campo Grande.

A vítima declarou à polícia, em Boletim de Ocorrência, que, na semana passada, comentou com uma amiga que precisava de certa quantia em dinheiro para quitar algumas contas. Na ocasião, o homem foi indicado por já ter feito empréstimo para uma pessoa conhecida.

Na mesma semana, a acadêmica entrou em contato com o agiota, por telefone celular, e ele disse que não estava na Capital, prometeu que retornaria quando chegasse. Na noite de ontem, o criminoso telefonou para a vítima e pediu o endereço da casa dela para entregar a quantia do empréstimo.

Algum tempo depois, o homem chegou ao local, acompanhado de outro homem, em um carro do modelo Uno Mille. A vítima disse que recebeu o agiota do lado de fora da casa e, depois de conversar e pegar o dinheiro, ele lhe pediu um copo com água.

O criminoso, então, acompanhou a jovem para dentro do imóvel e passou a acariciá-la. Depois, a elevou para um quarto e consumou o estupro com uso de preservativo, de acordo com relatos. A vítima disse que não reagiu porque o homem disse que estava com arma no carro.

Diante do desespero da estudante, que não parava de chorar, o estuprador parou o ato sexual e ainda disse que ''se soubesse que o abalo emocional dela seria tanto, nem teria começado''. Recusou, ainda, a devolução do dinheiro.

A vítima contou que, durante a conversa ainda do lado de fora da casa, o homem alegou que havia servido à Polícia Militar entre os anos de 2009 e 2003 e que havia pedido exoneração por não concordar com ''a corrupção da corporação''. Ele disse que atuou como caminhoneiro e nos últimos anos se dedicava a empresar dinheiro a juros.

O caso foi denunciado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que abriu inquérito para investigação. Nenhum suspeito foi identificado. O nome, curso e endereço da vítima foram preservados.

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