“Ele é apenas uma criança”, diz mãe de suposto agressor do menino Djonata da Silva (veja vídeo)

Djonata morreu no dia 10, de causas ainda não esclarecidas, porém, o fato ocorreu após uma suposta agressão no pátio de escola municipal

  • Alexandre Duarte

Era uma terça-feira, dia 06 de maio de 2014. Na quadra de areia da Escola Municipal Etalívio Penzo, no Parque das Nações II em Dourados, um grupo de cinco meninos, todos entre sete e oito anos, brincavam com uma rede de voleibol. Conforme relatos, algumas crianças se sentavam sobre a rede enquanto os demais colegas o arrastavam pela quadra.

Porém, alguns dias depois, mais especificamente no sábado, 10 de maio, a brincadeira aparentemente inocente e inofensiva, se tornou o foco de uma polêmica ainda não esclarecida. Um dos meninos envolvidos na atividade, Djonata Novaes da Silva, de oito anos, morreu no HV (Hospital da Vida) após se queixar de dores nas pernas e na barriga.

>Mãe afirma que filho morreu por causa de brincadeira em escola municipal

Logo após o morte foi divulgado na mídia que a vítima havia sido laçada pelas pernas e arrastada pela quadra, fato que justificaria as queixas da criança. No atestado de óbito consta que Djonata teve uma trombose profunda nas penas e embolia pulmonar. Porém, tais ferimentos não são condizentes com o relato reproduzido no primeiro parágrafo deste texto. Assim, a contradição naturalmente faz surgir uma incógnita.

Com as investigações ainda em curso, até o momento a polícia não confirmou se a morte da criança realmente teve relação com a brincadeira ou se foi consequência de algum outro acontecimento desconhecido até o momento.

O outro lado

Com o assunto ainda no centro dos holofotes, a auxiliar de produção Edineide Pereira de Souza, 32 anos, mãe de um menino de sete anos (que é apontado como principal responsável pela suposta agressão que alguns presumem que ser a causa da morte), procurou a reportagem da 94FM para dar sua versão sobre os fatos e fazer um apelo à sociedade e a todos os envolvidos. (veja o depoimento no final da matéria).

Edineide conta que desde o fatídico sábado, ela, seu filho e toda a família vem sofrendo seguidas ameaças. Para preservar a integridade física e psicológica do pequeno, ela precisou transferi-lo para outra escola, a qual prefere não revelar por questão de segurança.

A mãe desabafa e diz que crianças nesta idade não tem plena consciência do que fazem, e que na hipótese de serem os culpados pela morte de Djonata, não devem ser responsabilizados e demonizados pelo acontecido. Ela ressalta que tudo ocorreu quando a professora havia se ausentado da quadra.

Ela contou também que o filho está consternado com a situação e que a todo momento diz que não é culpado pela morte do colega. Edineide relata também que está afastada do serviço devido a situação e que sofre junto com o filho pelo julgamento precoce da sociedade, que segundo ela, sempre busca um culpado.

Prefeitura

Questionada acerca do caso, a prefeitura de Dourados alegou que a Secretaria de Educação do Município pediu rigor nas investigações e que até o momento não há comprovação de que a criança foi agredida e muito menos que a morte tenha sido causada por algum acontecimento nas dependências da escola.

Assista ao depoimento: