Investigação conclui que psicóloga morreu ao ser jogada do carro pelo próprio filho em MS

  • Redação 94 FM
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Três Lagoas concluiu que a psicóloga Simone do Nascimento, de 46 anos, foi assassinada pelo próprio filho, de 24, no último dia 7, em um rancho do município.

O rapaz dirigiu 35 quilômetros com o corpo da psicóloga, antes de chegar na casa dos avós, em Andradina (SP). A delegada à frente do caso, Letícia Mobis, afirmou que testemunhas relataram ter visto a mulher pedindo ajuda e depois caindo do carro do jovem.

Conforme informações do Midiamax, inicialmente, o filho da vítima havia informado que eles estavam voltando desse local, em Três Lagoas, e seguiriam até Andradina, quando a mãe teria se jogado do carro em movimento. No entanto, durante as investigações, descobriu-se o feminicídio.

Segundo a polícia, o autor é usuário de drogas e foi visto no rancho bastante alterado, discutindo com Simone porque ele queria guiar o carro até a cidade.

“Nós localizamos testemunhas na rodovia MS-320, que liga a área rural onde eles estavam até a zona urbana de Três Lagoas, que viram esta vítima parada na rodovia. A testemunha parou também. A vítima pediu ajuda e disse que estava sendo agredida pelo filho. E a testemunha viu o filho pegando a vítima pelo braço, pela nuca, colocando ela novamente dentro do carro e seguiu o caminho. Quando a testemunha olhou pelo retrovisor, ainda viu a vítima ‘engatinhando’ pela rodovia. Depois, a última visão que se tem desta vítima, mais ou menos, em um raio de 8 km a frente, foram as outras testemunhas que viram o corpo dela caindo de dentro do carro onde ela estava”, contou a delegada Letícia Mobis.

Com esses e outros elementos apurados nos trabalhos de investigação, o caso será encaminhado ao MP (Ministério Público) e ao Poder Judiciário para julgamento.

Além da natureza das lesões que havia no corpo da psicóloga, há histórico do filho que já tinha passagem e prisão anterior por ter agredido a vítima em 2022, o que fez se apontar para a tese de feminicídio.

O rapaz permanece preso em São Paulo, em função do flagrante que foi feito lá por embriaguez ao volante e omissão de socorro.

A delegada Letícia Mobis representou pela prisão preventiva dele e aguarda manifestação do Poder Judiciário.


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