Pastor tira "glória a Deus" e muda versão sobre estupro de garoto

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O pastor de 57 anos, acusado de estuprar um menino de 10 anos em Campo Grande na noite desta segunda-feira (17) continua preso, porém, agora, mudou sua versão sobre o crime. Ele havia dito ao delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, Reginaldo Salomão, que cometeu o crime “pela glória de Deus”. Já ao delegado titular da Depca ( Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio de Souza Lauretto, o homem afirma que "se estão dizendo que eu fiz, eu fiz", mas não confessa o crime.

Conforme Lauretto, mesmo a partir dessa afirmação, o autor, que não teve o nome divulgado para proteger a identidade da vítima, será indiciado pelo crime de estupro a vulnerável com base no depoimento da vítima e das testemunhas. "Os depoimentos não deixaram dúvidas sobre a autoria do crime", explicou.

O delegado ainda aguarda o laudo que confirma o abuso, mas conforme informações colhidas a partir de depoimentos, o pastor ofereceu ao menino um chinelo e horas jogando vídeo-game em troca de sexo oral e anal.

Na casa onde ocorreu o crime, moram outras duas crianças. Em conjunto com o Conselho Tutelar e a Promotoria da Infância e Juventude, a polícia irá investigar se também houve abuso contra elas.

Em 2009, o autor foi condenado pelo crime de estupro, sendo que a vítima era um menino e também tinha 10 anos. Ele está preso na Derf (Delegacia Especializada na Repressão de Roubos e Furtos), mas deve ser encaminhado para unidade prisional ainda nesta semana.

O crime - Conforme o delegado Reginaldo Salomão, da DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, os pais deixaram o filho na casa da avó, onde o autor, irmão dela, também mora, deixando o primo de 23 anos responsável pelo garoto e por mais duas crianças.

Durante a noite, o primo percebeu que o menino havia sumido, então começou a procurar pela casa, momento em que flagrou as crianças olhando pelo buraco da fechadura de um dos quartos. Curioso, o rapaz resolveu olhar, quando flagrou o tio-avô da vítima tendo relações sexuais com o menino.

O primo interrompeu o ato e encaminhou o autor para a delegacia de plantão, junto com os pais da vítima. O pastor confessou o crime e alegou ter feito “pela glória de Deus”, porém não quis mais falar sobre o caso.

O menino foi entrevistado por vários policias e, de acordo com o delegado, foi “coerente e na lógica e cronologicamente” no que disse. Ele contou que o tio-avô ofereceu um chinelo para ele, para que o menino praticasse sexo oral. A vítima aceitou.

Depois o autor ofertou horas no vídeo game para que pudesse praticar sexo anal com o garoto, então o menino concordou mais uma vez. “A criança não tinha noção do que estava fazendo”, assegurou o delegado Reginaldo Salomão.

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