Empresários da região são denunciados por venda ilegal de anabolizantes do Paraguai

  • Redação
Empresários da região são denunciados por venda ilegal de anabolizantes do Paraguai

Empresários de Ponta Porã, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foram denunciados pelo MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) por “comercialização ilegal de anabolizantes e suplementos alimentares oriundos” do país vizinho. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (6) pela Procuradoria da República no Estado.

Conforme o MPF, foram ajuizadas duas ações criminais contra empresários do ramo desportivo e seus funcionários envolvidos na prática criminosa. “Os produtos, importados do país vizinho sem a autorização devida, eram vendidos sem registro ou conhecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e encaminhados a clientes, em vários estados do país, pelos Correios”, informou o órgão federal.

Ainda segundo o MPF, “os denunciados trabalhavam em duas lojas situadas em Ponta Porã, na fronteira do Brasil com o Paraguai, e mantinham sites das empresas. Com o surgimento de pedidos on-line, cruzavam a fronteira para adquirir os produtos e, então, já no Brasil, despachavam as encomendas, indicando um endereço falso como remetente”.

O MPF informou ainda que “44 mercadorias foram apreendidas pela polícia entre 2008 e 2013”. “Uma das empresas, a Treino Pesado, foi flagrada comercializando, por 17 vezes, anabolizantes e, por 13 vezes, suplementos alimentares, sendo um deles falsificado. Já a empresa Megaline Suplementos esteve envolvida na venda de 3 anabolizantes e 11 suplementos, um deles também falso”.

Os procuradores federais ressaltam que “a comercialização de anabolizantes sem autorização é considerada crime hediondo” e adianta que, “se condenados, os denunciados podem pegar de 10 a 15 anos de reclusão”. Para comprovar os crimes, o MPF garante ter vídeos das postagens das mercadorias, extratos bancários, interceptações telefônicas e até laudo grafológico (de escrita).

“Pela comercialização ilegal de anabolizantes e suplementos alimentares, sete réus devem responder pelos crimes de contrabando, importação de produtos sem o registro regular nos órgãos de vigilância sanitária e importação de medicamento falsificado. O proprietário e os funcionários da Empresa Megaline responderão, também, por associação criminosa”, destacou o MPF. (Com informações do MPF-MS)

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