A paz que nunca tive

A paz que nunca tive

Durante muito tempo nunca soube ser silêncio. Sempre fui caos, em sua pior forma. Sempre fui desespero, confusão e transtornos. Sempre fui culpa, choros e bagunça. Nunca soube entender, nunca soube silenciar.

E por todo esse tempo, sempre fraquejei diante das mais banais situações. Sempre entrando no pior desespero a cada aflição.

Hoje, sou silêncio, hoje mantenho a calma. Mesmo que desesperadora dentro de mim, é a minha calma. São os meus sentidos totalmente silenciosos e dormentes. Silêncio tão arrebatador que me leva a um estado de calma que não me deixa cometer grandes tragédias.

Depois de tantas tragédias, viver a calmaria de um silêncio traz a paz que nunca tive. Silêncio para sentir, refletir e saber a hora certa de parar. Agora dentro do meu coração, a paz. Vivo cada dia com uma paciência tão quieta que talvez até não me reconheça. Apesar do vazio, o silêncio ainda é a melhor opção de isolamento.

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