As cores do outono francês

  • Mazé Torquato Chotil
As cores do outono francês

Ainda me sentindo estranha nesta manhã de sexta, após a volta de 15 dias de Brasil, em quatro Estados (Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo) para divulgar meus livros, sobretudo “Trabalhadores exilados[1]”. Pouco tempo, muitas viagens em avião, muitos encontros de antigos e novos amigos em grupos de pesquisas, sindicatos, Comissão de anistia.... um prazer imenso, entre o calor das ruas e o frio dos lugares “refrigerados”. Diferença de temperatura de 20° que meu corpo tem problemas para a ssimilar. Consequência: otite, atibiótico...

O que pode explicar este estado de canseira. A diferença de fuso horário é sempre algo que precisa ser assimilado. Cinco horas era a diferença entre França e Brasil, no momento da partida. O organismo precisa de tempo para se adaptar. Quando se está entrando nos eixos num país, é hora de voltar! Mas agora, com a mudança de horário no Brasil, semana passada, e aqui neste final de semana, teremos somente três horas de diferença, o que é mais fácil assimilar. Ou seja, o melhor tempo para fazer viagens entre os dois continentes é nesta época que começa agora.

Nesta mudança, perdi o calor da primavera, quase verão brasileiro. A luminosidade dos dias, os céus azuis... O cinza me acolheu em Paris, as manhãs frias e cinzas do outono, mas também as belas cores desta estação que amo tanto. As folhas, amarelando, caem. As calçadas ficam coloridas desse amarelo ouro e meus caminhos se alegram e eu com ele nas minhas caminhadas. Amarelo, laranja, marrom, verde, um painel de cores que alegram meus dias nesta época do ano.

Bom final de semana em cores!

[1] http://editoraprismas.com.br/produto/7814670/Trabalhadores-Exilados-A-saga-de-brasileiros-forcados-a-partir-1964-1985

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