Um mercado… da poesia

Todo ano, nesta época de final de primavera, quando as tilias (tilleul em francês) estão floridas e perfumam o ar em muitos lugares por onde passo, o que me faz sempre parar para sentir mais e mais, é a época do Mercado da poesia no bairro conhecido como o dos editores franceses, o 6°, do lado do quartier Latin aqui em Paris.

É uma festa, todos os anos. Está na sua 35ª edição. São, sobretudo, os pequenos editores que se mostram em barracas brancas e cobertas que instalam na praça Saint Sulpice que se encontra na frente da igreja do mesmo nome, do século 17, construída em cima de outras que foram destruídas.

Pelo que li, é realizado sob a direção do editor Jean-Michel Place. Além de lançamentos de livros, apresentações de outros, o Marché de la Poésie tem também mesas redondas, debates, leituras, num espaço central do lugar reservado ao Mercado. É um super lugar para encontrar o público, os amigos em torno da poesia. Um lugar central e de certa forma um pouco protegido das grandes ruas do bairro, onde as palavras dançam.

Ele é realizado de quarta a domingo, das 11h30 às 21h30. Bernard, meu marido, esteve presente, lançando “Exister”, livro-disco que conta um período de sua vida em que tentou viver se produzindo como cantor de canções francesas. Não era a época, o país estava dando um grande espaço para as canções americanas que nesta época “impôs” ao mundo inteiro sua cultura e sua visão econômica do mundo. Mas esta é outra história.

Bernard recebeu o público nesta quinta à noite (dia por aqui, já que a escuridão da noite chega pelas 22-22h30) no estande de sua editora, a Janus. Neste sábado, pela manhã, também marca presença.

Bom final de semana!