Intolerância religiosa faz menina ser apedrejada

  • Meia Hora
Criança adepta do Candomblé é atingida por pedrada na cabeça (Reprodução)
Criança adepta do Candomblé é atingida por pedrada na cabeça (Reprodução)

Com apenas 11 anos, K. conheceu a intolerância religiosa, domingo à noite, de forma dolorosa. A menina, iniciada no Candomblé há quatro meses, seguia com parentes e irmãos de santo para um centro espiritualista na Vila da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, quando foi atingida na cabeça por uma pedra, atirada por grupo ainda não identificado. Segundo testemunhas, momentos antes, os agressores já haviam xingado os adeptos da religião de matriz africana.

"Eles gritaram: ‘Sai, satanás, queima! Vocês vão para o inferno'". Mas nós não demos importância. Logo depois, o pedregulho atingiu minha neta e, enquanto fomos socorrê-la, eles fugiram em um ônibus", contou a avó da menina, Kathia Coelho Maria Eduardo, de 53, conhecida na religião como Vó Kathi Funcibialá.

O caso foi registrado ontem na 38ª DP (Brás de Pina) como lesão corporal, no artigo 20 da lei 7.716 (praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião). A polícia tenta identificar os agressores através de câmeras da região.

Marcelo Dias, o Pai Yango, que é responsável por página em rede social com mais de 50 mil adeptos, divulgou o caso na internet. "É assombroso", comentou o líder religioso.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.