Menina de 12 anos lê 231 livros em menos de um ano em 'desafio literário'

  • Estadão Conteúdo
Foto: Arquivo pessoal/Imagem cedida por Augusto César Rabello
Foto: Arquivo pessoal/Imagem cedida por Augusto César Rabello

Ela tem apenas 12 anos, mas já leu mais livros que a maior parte dos brasileiros em menos de um ano. A gaúcha Kamila Wagner Rabello se desafiou a ler 231 livros em até 365 dias — a média nacional é de 2 livros por ano, segundo o Instituto Pró-Livro. Estudante da 6ª série do Ensino Fundamental, ela lançou a meta em janeiro deste ano e a cumpriu na última segunda-feira, 28, véspera do Dia Nacional do Livro.

Ao mesmo tempo, ela compartilhava em seu Instagram os bastidores do que chamava de “Desafio Literário”. A moradora de Tramandaí, no litoral do Rio Grande do Sul, mostrava quais os livros lidos, fazia comentários sobre eles e selecionava alguns dos melhores trechos. Atualmente, ela tem mais de 6 mil seguidores no seu perfil da rede social, que é controlado pelos pais.

“No fim do ano passado, meu pai me mostrou uma reportagem sobre um menino do Amapá que leu 230 livros em um ano. Ele [o pai] perguntou: ‘o que tu acha de bater o recorde dele?’, e eu aceitei”, explica Kamila. Na época, o também estudante Kauê Capiberibe, de 11 anos, foi homenageado pela sua escola onde estudava, na capital Macapá, pela alta quantidade de leituras.

Kamila se descreve como fã de fantasia, suspense e terror. Leitora assídua desde criança, recebia em casa incentivo dos pais, um corretor de imóveis e uma atendente de farmácia. “Deixávamos ela com lápis e caneta na mão para ficar rabiscando. Quando ela foi alfabetizada, aos 7 anos, demos de presente um gibi da Turma da Mônica. Ela lia um gibi por semana”, conta o pai, Augusto César Rabello. Já a mãe, Daiana Wagner, lembra que sempre teve o hábito de "contar histórias para ela".

Eles afirmam que já perderam a conta da quantidade de livros guardados em casa. Augusto, porém, estima que eles tenham cerca de 300 títulos. A maior parte deles foi comprada em promoções de lojas virtuais; outros foram presentes dos próprios seguidores de Kamila. A ideia é repassar todas as obras para os irmãos mais novos, de sete e três anos de idade, que já começaram a vasculhar os gibis da irmã mais velha. “Depois, a Kamila vai definir o que fazer com os livros. Se ela quiser doar, vamos ajudar”, conta o pai.

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