Ministro das Cidades, Bruno Araújo, afirma que Minha Casa, Minha Vida não será suspenso

  • NE.10.UOL
Ministro Bruno Araujo da entrevista para rádio Jornal (Diego Nigro/JC Imagem)
Ministro Bruno Araujo da entrevista para rádio Jornal (Diego Nigro/JC Imagem)

Durante entrevista concedida à Rádio Jornal, o ministro das Cidades do governo do presidente interino Michel Temer, Bruno Araújo, afirmou que o programa Minha Casa, Minha Vida será mantido e desmentiu a total suspensão da terceira fase do programa, como havia afirmado reportagem do Estadão, na manhã desta sexta-feira (20).

“Vamos ampliar e aperfeiçoar. Já dei entrevista coletiva afirmando que o Minha Casa, Minha Vida será mantido de forma muito firme e na medida do possível que se possa encontrar recursos no Orçamento da União, eventualmente será ampliado. E mais do que isso, pode ser ser aperfeiçoado sem qualquer processo de suspensão”, ressaltou.

Mesmo assim, o pernambucano confirmou que fará uma auditoria no programa. “O governo [Dilma] se comprometeu com obras que a sociedade não podia pagar”. Segundo Bruno Araújo, é necessário fazer uma revisão na forma de contratação do Minha Casa Minha Vida, mas isso deve acontecer sem a necessidade da suspensão.

Sobre a meta traçada pela presidente afastada Dilma Rousseff de contratar 2 milhões de moradias do Minha Casa Minha Vida até o fim de 2018, Araújo afirmou que não pode se comprometer com o intento.

No Facebook, o ministro já tinha negado mais cedo a suspensão do programa habitacional, afirmando que essa informação “não corresponde à realidade.”

Na última terça-feira (17), o pernambucano revogou uma portaria editada por Dilma que autorizava a Caixa a contratar a construção de até 11.250 unidades habitacionais do programa.

A terceira fase do programa foi lançada no fim de março pela presidente, agora afastada, prevendo recursos totais de R$ 210,6 bilhões para construção de 2 milhões de moradias até 2018.

Na ocasião, o governo informou que do total de recursos, R$ 41,2 bilhões seriam do Orçamento da União, R$ 39,7 bilhões em subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o restante em financiamentos pelo FGTS.

PERNAMBUCANO:

Alçado aos holofotes por ter proferido o 342º voto a favor da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o que garantiu a maioria de dois terços necessária para que o pedido fosse encaminhado ao Senado, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) assumiu na última semana o Ministério das Cidades.

Ele é um dos nomes indicados pelo PSDB para compor o governo de Michel Temer, que assumiu a Presidência após Dilma ter sido afastada por até 180 dias, enquanto o Senado realiza o julgamento final sobre seu impedimento.

Araújo, que cumpria seu terceiro mandato como deputado federal, passou a ganhar destaque a partir de 2012, quando se tornou líder do PSDB na Câmara. Até fevereiro deste ano, ele desempenhou o papel de líder da oposição e foi um defensor de primeira hora do impeachment de Dilma, mesmo quando as lideranças tucanas ainda se demonstravam relutantes em encampar a proposta.

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