MPF arquiva investigação e descarta homicídio em acidente que matou ministro Teori Zavascki

Segundo o responsável pelas investigações, procurador da República Igor Miranda, acidente "foi uma infelicidade" e "não houve conduta criminosa"

  • Agência do Rádio
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O Ministério Público Federal em Angra dos Reis decidiu arquivar o caso da aeronave que transportava o ex-ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em janeiro de 2017, o avião que levava o então ministro do STF caiu ao tentar aterrissar em Paraty, no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, por conta das condições restritas de visibilidade, a aeronave bateu na água da Baía de Paraty. Quem dá mais detalhes sobre o acidente é o procurador da República, Igor Miranda, responsável pelas investigações.

“A gente identifica que o piloto fez uma aproximação do aeroporto de Paraty e que, em virtude da circunstância meteorológica, estava com o teto muito baixo. Então, ele optou por tentar o pouso abaixo do limite estabelecido para as regras de segurança, porque no aeroporto não tem instrumentos, então é no visual. Na primeira tentativa, ele arremeteu e aí ele faz uma curva a direita, estava a 70 metros do solo, e a asa direita toca no mar e ocorre o sinistro.”

A aeronave ficou totalmente destruída e, além de Teori Zavascki, os outros quatro ocupantes morreram no acidente. De acordo com a perícia, o avião apresentava perfeito funcionamento e estava com revisões obrigatórias e documentação regular.

Segundo o responsável pelas investigações, procurador da República Igor Miranda, os depoimentos que foram prestados e a análise do voo afastam qualquer indício de homicídio, seja doloso ou mesmo culposo.

“A gente fez uma análise bastante minuciosa do caso. Toda a análise dos componentes da aeronave foram efetuadas e no acidente não ficou nenhum indício de sabotagem, bem como também exames nas vítimas, que também afastaram qualquer tipo de envenenamento, intoxicação do piloto ou mesmo das demais pessoas, das demais vítimas. Neste sentido, a gente acaba concluindo que foi uma infelicidade, mas não houve uma conduta criminosa.”

A Polícia Federal ouviu mais de 40 pessoas e, dentre os diversos documentos que compõem os cinco volumes do inquérito policial, estão dados técnicos de manutenção, dados da Agência Nacional de Aviação Civil e dados do Serviço de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

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