MPMG pretende denunciar cunhado de Ana Hickmann

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Ataque. Gustavo Correa foi rendido no elevador de hotel e, no quarto, conseguiu tomar arma de autor (LINCON ZARBIETTI - 22.5.2016)
Ataque. Gustavo Correa foi rendido no elevador de hotel e, no quarto, conseguiu tomar arma de autor (LINCON ZARBIETTI - 22.5.2016)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deve oferecer hoje denúncia contra Gustavo Henrique Bello Correa, cunhado de Ana Hickmann, 35, pelo crime de homicídio. Ele atirou e matou Rodrigo Augusto de Pádua, 30, autor do atentado contra a apresentadora, em 21 de maio, no Hotel Caesar Business, no Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A decisão contradiz a conclusão da Polícia Civil, que, no último dia 17, pediu o arquivamento do inquérito que investigou o crime por considerar que Correa agiu em legítima defesa.

“O delegado teve um posicionamento, e eu tive outro. Não acredito que houve legítima defesa”, afirmou o promotor de Justiça Francisco de Assis Santiago, que não explicou em que aspectos discordou do inquérito. Segundo ele, a denúncia seria concluída ontem e entregue hoje ao 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. “Se a juíza receber a denúncia, a ação penal vai ser aberta”, disse.

Após contato da reportagem, o marido de Ana Hickmann, Alexandre Correa, disse que a possível denúncia era algo “estapafúrdio” e que vai aguardar o andamento do caso. O advogado da família, Maurício Bemfica, reforçou que houve legítima defesa e que vai se manifestar após a confirmação da denúncia.

O delegado Flávio Grossi, responsável pelo caso, informou que aguarda a oficialização da denúncia para comentar o assunto. Ele ressaltou ter havido legítima defesa.

Para a polícia

Apuração. O delegado Flávio Grossi disse que houve legítima defesa porque Gustavo Correa disparou após dez minutos de luta, sem que Rodrigo de Pádua demonstrasse desistência ou submissão.

Argumento não convence especialista

Para ser legítima defesa, a agressão tem que ser injusta, contra você ou um terceiro, segundo o presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Fábio Piló.

O especialista acredita que esse argumento não se aplica ao caso do atentado. “Se ele conseguiu a arma, a agressão não era mais iminente. A agressão poderia ter sido cessada com um tiro na perna, por exemplo”, disse. (RM)

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