Após mortes e 585 notificações de dengue, Délia nomeia agentes aprovados em 2016
Servidores com atuação direta no trabalho de prevenção à dengue aguardavam há três anos para iniciar suas atividades
O Diário Oficial do Município desta segunda-feira (1) tornou pública a nomeação de servidores aprovados em concurso público para atuar na Saúde de Dourados. São agentes com atuação direta no trabalho de prevenção à dengue que aguardavam há três anos para iniciar suas atividades. Só foram chamados pela prefeita Délia Razuk (PR) agora, quando o município contabiliza duas mortes, 585 notificações e mais de 200 casos confirmados da doença desde o início do ano.
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Conforme divulgado pela administração municipal, dos novos ocupantes de cargos efetivos, são “10 candidatos aprovados para agentes de Controle de Vetores de Campo, 3 agentes de Zoonoses, 2 agentes de Bloqueio, 2 técnicos administrativos e ainda um médico do trabalho, um médico auditor de serviços de saúde, um odontólogo cirurgião bucal, um fiscal de vigilância sanitária e um administrador”.
Essas nomeações que podem garantir reforço no trabalho de combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da Dengue, do Zika vírus e da febre Chikungunya, só ocorreram com Dourados em estado de alerta por causa da incidência de pelo menos uma dessas doenças.
Boletim Epidemiológico divulgado na quarta-feira (27) pela Secretaria de Estado de Saúde revelou que o município já computava 585 notificações de dengue, com 208 confirmações. Além disso, uma criança morreu em decorrência de complicações dessa doença no dia 22 de março e uma mulher faleceu em 26 daquele mesmo mês num caso suspeito de dengue hemorrágica.
Também na semana passada, a Comissão de Saúde da Câmara de Dourados informou ter cobrado “melhorias de infraestrutura e mais recursos humanos para garantir o bom trabalho da vigilância em saúde do município, sabendo da importância de ações de prevenção e controle de doenças, bem como a verificação de fatores de risco para impedir a proliferação, por exemplo, do ‘mosquito da dengue’”.
Na ocasião, vereadores conversaram com representantes dos Agentes de Combate a Endemias que levaram reivindicações “como quanto à falta de estrutura adequada para desenvolvimento de suas atividades”.
Representante da categoria, João Cristaldo informou que além dos Equipamentos de Proteção Individual ou EPIs, é necessária “a chamada de pelo menos 125 agentes e a utilização de viaturas em boas condições para atender as ocorrências”.