Após prisão, promotor espera inquérito para dizer se amiga participou de morte
Crime cometido sábado (22) no Jardim Pelicano, em Dourados, teve autor preso hoje, mas recurso que pede prisão de amiga da vítima segue em aberto
A prisão de Rodrigo de Souza Martinez, de 28 anos, acusado de matar Maiara Freitas Mattoso, de 21, em uma casa no Jardim Pelicano, em Dourados, não altera o pedido feito pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) para prender a amiga da vítima, Giovana Franco Dias, de 25 anos, solta no dia seguinte ao crime, após ser detida por suspeita de tráfico de drogas e de alterar a cena onde houve o homicídio.
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A informação foi repassada à 94FM pelo promotor Claudio Rogério Ferreira Gomes, da 5ª Promotoria de Justiça de Dourados. Segundo ele, a prisão ocorrida na manhã desta sexta-feira (28) em Itaporã é um fato novo ao processo, mas somente após a conclusão do inquérito policial será possível delimitar as condutas de cada acusado, seja Rodrigo ou Giovana.
Segundo ele, o recurso para prender a amiga da vítima foi interposto antes da descoberta do autor do crime. “Aqueles indícios não poderiam descartar alguma possibilidade de ela ter participação. No recurso não apontávamos que ela cometeu algum crime, mas a possibilidade de haver envolvimento e a necessidade de manter a prisão para apurar eventual envolvimento dela”, explicou o promotor de Justiça.
“Agora prendeu o responsável pela morte, estamos esperando a conclusão da investigação policial para verificar se há envolvimento dela em algum crime. Quando concluir as investigações vamos ter uma ideia melhor, condições de delimitar a conduta de cada um”, detalha.Ainda de acordo com o membro do MPE, o recurso enviado ao TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra a decisão proferida domingo (23) pelo juiz Caio Márcio de Brito, que estava no plantão da 2ª Região do Poder Judiciário e determinou a soltura de Giovana, discute os aspectos processuais e deverá seguir normalmente.
“O recurso, uma vez interposto, vai ter seguimento normal. Vai ser julgado ou para decretar a prisão preventiva ou negar. Essa prisão [do assassino] foi um fato novo. E quando esse fato novo aconteceu já havia sido interposto o recurso”, pontua.
Concluídas as investigações, será feita a análise de mérito, para definir se a amiga da vítima praticou ou não algum crime, e se praticou, quais crimes. “A polícia prendeu hoje, em regra, quando se trata de indiciado preso o prazo de conclusão do inquérito é de 10 dias. É bem provável que nesse prazo esteja concluído o inquérito policial e chega para nós firmarmos a análise de mérito e delimitar a conduta de cada um. Se o processo dela seguirá junto em relação a ele, ou separado, isso vamos ter condições de aferir quando esse inquérito for concluído. Até então só fazemos análise de aspecto processual”, informa.