Após três horas escondido, traficante se entrega por um copo de água em Dourados

  • André Bento e Sidnei Bronka
Maconha apreendida no veículo deve pesar mais de 100 quilos (Sidnei Bronka)
Maconha apreendida no veículo deve pesar mais de 100 quilos (Sidnei Bronka)

No início da tarde desta terça-feira (12), às 13h30, uma operação conjunta entre a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e o serviço reservado da PM (Polícia Militar) resultou na prisão de um traficante em Dourados. Luciano Leonel Filipini, de 39 anos, se entregou implorando por um copo de água depois de passar mais de três horas escondido no mato.

Ele estava escondido depois de abandonar o carro carregado com quase 200 quilos de maconha. Eram 10h quando uma equipe da PRF que estava em barreira no Km 3 da BR-463, na saída para Ponta Porã, avistou uma manobra brusca feita por um Gol verde placas KMR-4632 de Taguatinga  (SP).

O motorista, Luciano Leonel Filipini, tentou dar meia volta quando percebeu a barreira policial e partiu em direção a Ponta Porã. Mas a manobra brusca na pista chamou a atenção dos policiais. O motorista rapidamente entrou no pátio de uma empresa, abandonou o carro e fugiu em direção à mata existente nas proximidades.

Dentro do carro havia maconha. A droga ainda não foi pesada, mas estima-se que totaliza 170 quilos. Diante desse flagrante os agentes rodoviários federais acionaram a PM, que enviou policiais descaracterizados, aqueles que integram o serviço reservado de investigações.

Os militares ficaram de campana na região, quando por vota de 13h30 o motorista que havia fugido saiu do mato e acabou sendo preso. Segundo os policiais, ao deixar o esconderijo Luciano disse: “pelo amor de Deus me dê um copo de água que conto tudo para vocês”.

Já detido, o traficante informou morar no Bairro Altos da Glória, em Ponta Porã. Disse que pegou o carro naquela cidade e o deixaria no trevo da bandeira, em Dourados. Pelo serviço receberia R$ 1.000.

Para a reportagem da 94 FM, Luciano disse que já cumpriu oito anos de cadeia na Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa), em Dourados,condenado por dois crimes de tráfico de drogas.

Ainda segundo ele, sua profissão é tratorista. Luciano argumentou que após deixar a prisão ainda tentou emprego em fazenda, mas não conseguiu e voltou para o crime porque “a carne foi fraca”.

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