Base da prefeita desaparece em sessão para eleição da presidência da Câmara
Após a prisão de candidato governista, vereadores que o apoiavam não compareceram em ato considerado manobra para evitar votação
A sessão desta sexta-feira (7) para eleição da Mesa Diretora da Câmara de Dourados (biênio 2019/2020) foi cancelada. Após a prisão de três vereadores da base da prefeita Délia Razuk (PR) no Legislativo, um deles candidato à presidência da Casa de Leis, parlamentares do grupo governista desapareceram. Embora a votação tenha sido agendada previamente para as 14h de hoje, o grupo de apoio à chapa encabeçada por Pedro Pepa (DEM), preso na quarta-feira (5) junto com Idenor Machado (PSDB) e Cirilo Ramão (MDB), não compareceu ao Plenário Weimar Torres nesta tarde. Uma nova sessão foi convocada para às 14h deste sábado (8).
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Segundo os parlamentares presentes, as ausências seriam uma manobra para que não haja quórum e a eleição deixe de acontecer. Isso porque a base de apoio à prefeita tinha como candidato a presidente da Câmara para o biênio 2019/2020 o agora presidiário Pepa, com o líder do governo Junior Rodrigues (PR) vice, além dos também governistas Silas Zanata (PPS) para 1º secretário e de Cirilo Ramão (MDB), outro preso nesta semana, para 2º secretário.
A 94FM apurou que só compareceram à sessão de hoje os vereadores Alan Guedes (DEM), candidato à presidência da Câmara, Elias Ishy (PT), seu vice, Sérgio Nogueira (PSDB), postulante ao cargo de 1º secretário, e Daniela Hall (PSD), atual presidente da Casa de Leis e candidata a 2ª secretária, além de Marçal Filho (PSDB), Lia Nogueira (PR), Olavo Sul (PEN), e Madson Valente (DEM).
Diante da ausência de oito vereadores no plenário da Casa de Leis, o vereador Marçal Filho requereu à presidência que verificasse se os ausentes estariam nos gabinetes ou se há justificativa para as faltas.
Daniela Hall explicou que não há qualquer protocolo de justificativa para as ausências de Bebeto (PR), Carlito do Gás (Patriotas), Cido Medeiros (DEM), Jânio Miguel (PR), Juarez de Oliveira (MDB), Júnior Rodrigues (PR), Romualdo Ramin (PDT) e Silas Zanata (PPS). Todos terão os nomes encaminhados à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Legislativo municipal.
Pedro Pepa, Idenor Machado e Cirilo Ramão têm as faltas justificadas, porque estão presos na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Eles foram alvos de mandados de prisão preventiva na Operação Cifra Negra, desencadeada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) contra fraudes em licitações na Câmara de Dourados.
