Base governista salva Cirilo da cassação
Para que o parlamentar fosse cassado na sessão de hoje, eram necessários 13 votos favoráveis, mas seis vereadores foram contra a perda do mandato e votaram pelo arquivamento da denúncia
Vereadores da base governista impediram que o vereador Cirilo Ramão Ruis Cardoso, o Pastor Cirilo (MDB), tivesse o mandato cassado durante sessão especial de julgamento realizada nesta quarta-feira (15). Afastado do cargo desde dezembro de 2018, após ser preso acusado de corrupção, o parlamentar foi julgado pelo plenário da Câmara de Dourados por suposta quebra de decoro parlamentar, mas teve a denúncia contra si arquivada.
Nessa sessão, para que houvesse a cassação do mandato eram necessários 13 votos - entre 18 legisladores aptos a votar - favoráveis à procedência da denúncia. Apenas Marcelo Mourão (PRP), suplente direto do investigado, não pode participar da votação.
Submetida ao Plenário do Palácio Jaguaribe, a denúncia acabou rejeitada por seis vereadores, que acataram o relatório final da comissão processante presidida por Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PR), com Junior Rodrigues (PR) na relatoria e Silas Zanata (PPS) de membro, que pedia a absolvição.
Votaram pela improcedência da denúncia e contra a cassação de Cirilo os vereadores Junior Rodrigues (PR), Carlito do Gás (Patriotas), Jânio Miguel (PR), Juarez de Oliveira (MDB), Bebeto (PR), e Maurício Lemes (PSB). Todos integram a base governista, que garante apoio à prefeita Délia Razuk (PR) na Casa de Leis.
Favoráveis à cassação, votaram Alan Guedes (DEM), Elias Ishy (PT), Sérgio Nogueira (PSDB), Daniela Hall (PSD), Lia Nogueira (PR), Olavo Sul (PEN), Madson Valente (DEM), Silas Zanata (PPS), Cido Medeiros (DEM), Romualdo Ramin (PDT), Marinisa Mizoguchi (PSB), e Toninho Cruz (PSB).
Pastor Cirilo foi preso em 5 de dezembro de 2018 durante a Operação Cifra Negra, deflagrada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) para combater um suposto esquema de fraudes em licitações na Câmara de Durados. No dia 12 daquele mês acabou afastado do cargo por determinação judicial.
O mesmo parecer foi exarado pela comissão processante que analisou o caso de Pedro Pepa, com Carlito do Gás (PATRIOTA) na presidência, Jânio Miguel (PR) relator, e Olavo Sul (PATRIOTA) membro. Nesse caso, porém, Olavo Sul votou contra os colegas que pediram a absolvição de Pepa, mas foi voto vencido pela maioria (2 a 1)