Bióloga esclarece que cobra encontrada em Dourados não era a temida jararaca
Moradores temiam ser uma serpente venenosa, mas bióloga afirma que é uma cobra não peçonhenta, parente das sucuris e jiboias

A serpente encontrada na quinta-feira (28) no quintal de uma casa do Conjunto Residencial Monte Carlo, em Dourados, não era a temida jararaca, como imaginavam moradores da região que relataram o caso à 94FM. Bióloga consultada pela reportagem explicou tratar-se de uma cobra arco-íris, não venenosa.
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Conforme noticiado anteriormente, no domingo (3), uma douradense que fez o relato e enviou fotos da cobra morta à 94FM pediu que os moradores de bairros da região fossem alertados por causa dos perigos daquela que imaginava ser uma jararaca.
Contudo, de acordo com a bióloga Patrícia Rondon, a cobra encontrada no bairro Monte Carlo é uma Salamanta, ou cobra arco-íris. “Ela é da família Boidae. Ou seja, é parente da jiboia e da sucuri. Não é venenosa. O único perigo é que se alguém tentar pegar, ela vai avançar, porque é bem brava”, detalha.
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul em 2012, mestre em Ecologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal de Mato Grosso (2015), e aluna de doutorado em Ecologia e Conservação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Patrícia lamenta que o animal tenha sido morto.
“Infelizmente as pessoas têm essa cultura do medo das serpentes. O ideal quando encontrar um animal selvagem, é não tentar manusear porque podem acontecer acidentes. O certo é chamar o Corpo de Bombeiros. Até porque matar animal selvagem é crime ambiental”, pontua.