Bombeiros de Dourados alertam sobre riscos das queimadas e pedem denúncias

2º Grupamento de Bombeiros Militar destaca que prática de atear fogo em lixo ou terrenos é considerada crime e deve ser denunciada

Fogo atingiu canavial em agosto deste ano e mobilizou Corpo de Bombeiros para conter as chamas (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo94FM)
Fogo atingiu canavial em agosto deste ano e mobilizou Corpo de Bombeiros para conter as chamas (Foto: Sidnei Bronka/Arquivo94FM)

Com mais de 200 ocorrências de incêndios atendidas desde o início do ano em Dourados, o 2º Grupamento de Bombeiros Militar divulgou alerta sobre os riscos provocados pelas queimadas. Além de informar que essa prática é crime, pediu que casos flagrados sejam denunciados ao Imam, o Instituto do Meio Ambiente do município.

Ao mencionar os baixos índices de chuvas nos dias recentes, a corporação destaca que "neste período a incidência de queimadas, sejam propositais ou não, aumenta, devido às condições climáticas, o que deixa a vegetação mais propícia para a queimada, devido à baixa umidade, ventos fortes, as vegetações secas e a variação de temperatura".

Como já noticiado pela 94FM, a três dias do fim, setembro de 2017 é, até agora, o mais seco da história de Dourados. Dados da estação meteorológica da Embrapa Agropecuária Oeste, ativada no município em 1979, revelam que houve apenas 4.8 milímetros de chuva neste mês (o menor índice em quase quatro décadas foi de 8.6 milímetros em 2007).

Além disso, o Boletim Guia Clima da Embrapa apurou que Dourados teve 37 dias de seca total, numa estiagem iniciada após a garoa fina de 1 milímetro registrada no dia 18 de agosto. Toda essa secura somada ao calorão crescente que atingiu temperatura máxima de 37.6ºC às 13h38 do dia 14, fez despencar a umidade relativa do ar, que no sábado (23), às 13h37, teve o menor nível do ano, 11%, o índice estabelecido pelos parâmetros da OMS (Organização Mundial de Saúde) como Estado de Emergência.

Esse cenário motivou o Corpo de Bombeiros de Dourados a manter ativa uma guarnição específica para combater incêndios florestais, caracterizados por fogo em pastagens. De janeiro a setembro de 2017, os militares atenderam mais de 200 ocorrências dessas, o dobro do total observado em igual período de 2016.


"Vale a pena lembrar que tais queimadas podem ocasionar várias doenças, em especial na população mais vulnerável às doenças respiratórias (crianças e idosos)", pontuam os bombeiros.

O 2º Grupamento de Bombeiros Militar destaca ainda que "atear fogo em locais impróprios é CRIME e ainda passível de multas, de acordo com o previsto na Lei de Crimes Ambientais".

Os militares lembram que em Dourados "o Imam é o órgão responsável por essa fiscalização" e disponibilizou o telefone do órgão 3428-4970 para denúncias. "Mais saúde, menos queimada! Fogo em terrenos baldios, na área urbana ou rural sem autorização é CRIME, denuncie", reforçaram.

"Diante da prática ilegal de muitos moradores em queimar folhas, galhos de árvores, lixo e até mesmo terrenos baldios inteiros, com a intenção de 'limpar' a área, acabam causando transtorno para a população das proximidades, mediante a isto o 2ºGBM orienta que a prática de realizar queimadas para limpeza, pode sair do controle e se transformar em um incêndio em vegetação e até mesmo atingir residências próximas e ainda, que, os proprietários de lotes nas áreas urbanas vagos e/ou baldios, têm a obrigação legal de mantê-los limpos durante o ano todo".

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