Câmara cria comissão processante que pode cassar vereador ex-líder da prefeita

Vereador Junior Rodrigues é acusado de crime de responsabilidade político-administrativo por suposto envolvimento em licitação fraudulenta na Prefeitura de Dourados

Junior Rodrigues agora é alvo de comissão processante que dará parecer sobre possível cassação (Foto: Eliel Oliveira)
Junior Rodrigues agora é alvo de comissão processante que dará parecer sobre possível cassação (Foto: Eliel Oliveira)

A Câmara de Dourados aprovou durante sessão ordinária nesta segunda-feira (27) a criação de comissão processante para investigar denúncia contra o vereador Rodrigo Júnior de Morais Rodrigues, o Júnior Rodrigues (PR), que foi líder da prefeita Délia Razuk (PR) no Legislativo entre 2017 e 2018. Ele é acusado de crime de responsabilidade político-administrativo por suposto envolvimento com licitação fraudulenta entre a prefeitura e uma lavanderia. 

Na sessão de hoje, o plenário do Palácio Jaguaribe deu 17 votos favoráveis à criação da comissão que vai apurar o caso e dar parecer pela cassação do mandato ou arquivamento da denúncia – não puderam votar por questões regimentais o presidente da Casa de Leis, Alan Guedes (DEM), e o próprio Junior Rodrigues. Por sorteio, foi definido que os trabalhos serão conduzidos por Marcelo Mourão (PRP) na presidência, Silas Zanata (PPS) na relatoria e Olavo Sul (PEN) na condição de membro.

Assinada pela advogada e ex-vereadora Virgínia Marta Magrini, a denúncia contra Junior Rodrigues tem como base análise técnica feita pela CGU (Controladoria Geral da União) em contrato via dispensa de licitação da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) com a Lavanderia Global Serv, que revelou vínculo entre funcionários dessa empresa e pessoas ligadas diretamente ao vereador que foi líder da prefeita no Legislativo.

Nesse vínculo contratual, considerado irregular pelas autoridades, foi apurado prejuízo aos cofres públicos decorrente do superfaturamento de serviços. Essas informações constam em relatório elaborado pela Secretaria de Combate à Corrupção da Controladoria-Regional da União no Estado de Mato Grosso do Sul e anexado ao Inquérito Civil Público número 06.2016.00000437-0, que passou a tramitar sob sigilo após ampla divulgação das constatações na mídia.

Instaurado pelo MPE-MS em março de 2016, esse procedimento visa “apurar possíveis irregularidades ocorridas no Hospital da Vida, relacionadas ao atendimento de pacientes e fornecimento de medicação/material básico”. (clique aqui para ler mais)

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.