Câmera de segurança mostra início de confusão entre PMA e vítima na sala de cinema em Dourados
O PMA foi preso em flagrante acusado pelo assassinato na tarde de ontem (8) no shopping de Dourados.

Imagem do sistema de segurança do cinema do Shopping Avenida Center em Dourados mostra o início da confusão entre Julio Cesar Cerveira Filho, de 43 anos, morto com um tiro no pescoço, e o policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, de 37 anos, preso em flagrante acusado do assassinato, na tarde de ontem (8).
Apesar da baixa qualidade do vídeo (veja abaixo), é possível ver que duas pessoas ao lado da vítima se levantam e trocam de poltrona, aparentemente, o PMA e um dos filhos dele. Logo depois, Julio levanta duas vezes e se abaixa em direção à cadeira ao lado. Instantes depois, Julio levanta novamente e caminha em direção ao corredor. A imagem mostra ainda outra pessoa saindo logo em seguida atrás dele.
Segundos depois, algumas pessoas que estavam assistindo o filme se levantam e saem apressadamente. Nas imagens não é possível ver o momento do disparo.
O QUE DIZ O BOLETIM DE OCORRÊNCIA
O policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, de 37 anos, preso em flagrante acusado de matar Julio Cesar Cerveira Filho, de 43 anos, na tarde de ontem (8) no shopping de Dourados, prestou depoimento horas depois na Primeira Delegacia de Polícia e falou que o crime aconteceu depois de uma discussão entre os dois. O acusado relatou que não conhecia a vítima.
De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 14h27, o PMA, juntamente com seus dois filhos, de 10 e 14 anos, estava na sala 1 do cinema Shopping Avenida Center, quando a vítima começou a abrir e fechar braços e pernas batendo contra o menor. Nesse momento, o acusado trocou de lugar com o filho e pediu para que Julio parasse com a atitude.
Ainda de acordo com a ocorrência, a vítima não parou com as provocações e começou a ofender o PMA. Depois disso, Julio levantou e desferiu chutes contra as pernas de Dijavan, deu um tapa contra o boné dele e deu socos contra seu rosto. Diante dessa situação, a vítima falou que iria sair do lugar e, ao passar pelo filho do PMA, deu um tapa no rosto do menor.
Com a atitude da vítima, o PMA levantou e questionou o comportamento dele, falando que ligaria para a polícia.
Logo depois, nas escadarias de saída, a vítima puxou a camisa do acusado por trás e disse para resolver a situação naquele local, e foi nesse momento que o PMA pegou a pistola calibre .40 e se identificou. Em seguida, teve início a uma luta corporal no chão da sala, momento que a arma disparou, atingindo o pescoço da vítima.
De acordo com o boletim de ocorrência, houve um único disparo e o acusado guardou a arma na cintura e em seguida tentou estacar o sangramento fazendo pressão com a mão esquerda no ferimento embaixo do queixo da vítima. O socorro foi acionado, mas, chegando ao local, Júlio já estava morto.
Logo depois, Dijavan ligou para o Corpo de Bombeiros (193) e para a Polícia Militar (190) confessando ao assassinato e aguardou a chegada das equipes.
Relata ainda na ocorrência que a esposa e filha da vítima presenciaram o homicídio e ainda não conseguiram prestar depoimento por estarem abaladas psicologicamente.
Ainda segundo informações, serão instaurados dois inquéritos, um na responsabilidade da Polícia Civil e outro da Polícia Militar.