Chuvoso, março de 2018 em Dourados também foi mais quente do que a média

Março de 2018 foi mais quente do que a média em Dourados. De acordo com o pesquisador Carlos Ricardo Fietz, da Embrapa Agropecuária Oeste, a temperatura média apurada ao longo do mês passado passado foi de 25,9°C na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul. A média histórica registrada desde 1980 era de 24,8°C. Ou seja, douradenses enfrentaram um calor mais de um grau acima do esperado. 

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“A média das máximas, 32,3°C, foi quase um grau superior à normal, 31,5°C. Em 25 dias de março as máximas superaram 30°C, atingindo 36,0°C em 19 de março. A média das mínimas foi 21,5°C, um grau e meio superior à média histórica, 20,1°C”, detalha o agrometeorologista no Boletim Guia Clima, divulgado nesta quarta-feira (4).

Fietz ressalta que essa média de temperatura mínima foi a segunda maior desde 1980, somente superada por março de 2002. “Não houve registro de temperaturas inferiores a 10°C e a mínima do mês foi 13,6°C, em 26 de março. Assim como em fevereiro de 2018, a temperatura máxima na região sul de Mato Grosso do Sul ocorreu em Rio Brilhante, foi 38,3°C em 17 de março, enquanto a mínima,11,0°C, foi registrada em Ponta Porã, em 26 de março”, informa.

MÊS CHUVOSO

Conforme já havia sido revelado pela 94FM, março deste ano também foi mais chuvoso do que a média. Com registro de chuvas em 15 dias, o índice pluviométrico atingiu 152 milímetros, enquanto o histórico mensal desde que o monitoramento climático teve início no município era de 140 milímetros. Contudo, o março mais chuvoso da história de Dourados ocorreu no ano de 1985, com 430.9 milímetros.

“Com base nos registros das estações meteorológicas da Embrapa, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Fundação MS (Maracaju), pode-se observar que em março houve grande variação no volume de chuvas na região sul de Mato Grosso do Sul: Itaquirai (264 mm), Ponta Porã (232 mm), Rio Brilhante (226 mm), Amambai (204 mm), Ivinhema (177 mm), Juti (168 mm), Maracaju (122 mm) e Campo Grande (97 mm). Portanto, assim como em fevereiro, Itaquirai foi o município com maior índice pluviométrico, enquanto em Campo Grande ocorreu o menor”, revela o pesquisador da Embrapa.

UMIDADE DO AR

Ainda segundo ele, a umidade média do ar em março foi de 79%, 5% maior que a média do mês, que era de 74%. “Não houve ocorrência de níveis de umidade do ar inferiores a 30%. A menor umidade do ar foi 35% em 4 de março. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), níveis de umidade do ar inferiores a 30% exigem cuidados, pois podem ser prejudiciais à saúde humana”, pontua.