Comissões pedem absolvição de vereadores presos e afastados acusados de corrupção
Presos e afastados dos cargos em dezembro de 2018 acusados de corrupção na Câmara de Dourados, eles terão seus casos julgados pelo plenário em sessões que ainda devem ser agendadas

As comissões processantes instauradas para apurar suposta quebra de decoro parlamentar por parte dos vereadores Cirilo Ramão Ruis Cardoso, o Pastor Cirilo (MDB), e Pedro Alves de Lima, o Pedro Pepa (DEM), finalizaram seus relatórios com pedidos de absolvição de ambos. Presos e afastados dos cargos em dezembro de 2018 acusados de corrupção na Câmara de Dourados, eles terão seus casos julgados pelo plenário em sessões especiais agendadas para 17h de quarta-feira (15) e 12h de quinta-feira (16), respectivamente.
A 94FM apurou com exclusividade que os documentos foram entregues ao presidente da Casa de Leis, Alan Guedes (DEM), nesta terça-feira (14). Para os investigadores instituídos pelo próprio Legislativo, é necessário arquivar a denúncia por não haver provas de que Cirilo e Pepa tenham participado do esquema de fraudes em licitações denunciado pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) na Operação Cifra Negra.
Conforme o relatório final da comissão processante presidida por Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PR), com Junior Rodrigues (PR) na relatoria e Silas Zanata (PPS) de membro, a denúncia contra Cirilo Ramão Ruis Cardoso deve ser declarada improcedente e o processo que poderia resultar na cassação do mandato arquivado.
O mesmo parecer foi exarado pela comissão processante que analisou o caso de Pedro Pepa, com Carlito do Gás (PATRIOTA) na presidência, Jânio Miguel (PR) relator, e Olavo Sul (PATRIOTA) membro. Nesse caso, porém, Olavo Sul votou contra os colegas que pediram a absolvição de Pepa, mas foi voto vencido pela maioria (2 a 1).
Em ambos os relatórios, as conclusões dizem que não há nos autos “provas de autoria por parte do denunciado”, e não foram identificados elementos “suficientes da participação do denunciado em atos consistentes na quebra do decoro parlamentar”.