Controladoria aponta diversas irregularidades no uso de verbas públicas na prefeitura de Dourados

Maior parte das irregularidades está na educação. Em alguns casos, a prefeitura foi obrigada a devolver o dinheiro à união

  • Alexandre Duarte c/ Midia Max

Em uma nova reportagem sobre irregularidades na prefeitura de Dourados, o site Midia Max, de Campo Grande, divulgou na manhã de ontem (23) que a prefeitura da segunda maior cidade do estado é investigada pela CGU (Controladoria Geral da União). O que motivou a investigação foi o mal uso de verbas públicas, nos setores da educação e da assistência social.

Durante vistoria realizada em agosto de 2012, técnicos da controladoria, constataram que nas obras de uma creche, a prefeitura pagou um valor acima ao que havia sido determinado na licitação. Assim, ficou determinado que o dinheiro fosse devolvido ao governo federal.

Os técnicos também concluíram que uma verba destinada a ajudar famílias carentes e em condições de risco, foi utilizada ilegalmente em obras que em nada auxiliam essas famílias.

Na educação, a CGU observou que desde 01 de janeiro de 2011 o senso escolar não é realizado em Dourados. Assim, as informações que servem para planejar a gestão escolar estão defasadas. O setor que deveria realizar este serviço tem uma infra-estrutura deficiente, faltam carros e até equipamentos básicos, como computadores.

Outra irregularidade constatada em Dourados, diz respeito a funcionários da prefeitura cadastrados ilegalmente no programa bolsa família. Esses funcionários, segundo o Midia Max, tem renda superior ao limite estabelecido pelo governo federal, alguns deles, com salário de R$ 1.500 reais. A prefeitura tentou justificar, mas as desculpas não foram aceitas pelos avaliadores da controladoria geral da união.

Com relação ao transporte escolar, a controladoria relatou que a prefeitura ainda mantém contrato com a empresa GWA Transportes Ltda, a mesma que esteve envolvida na operação Owari.

Ainda no setor da educação, também foi observado que os alimentos destinados à merenda dos alunos são armazenados de forma incorreta, junto com produtos de limpeza e outros materiais tóxicos.

Por final, a controladoria geral da união, descobriu também que os alimentos destinados às escolas indígenas e rurais, foram comprados sem licitação.

(Com informações do site Midia Max)