Defensoria nega que pacientes tenham ficado sem água e sem comida no Hospital da Vida

Defensoria Pública constatou situação caótica na unidade hospitalar, mas voltou atrás sobre denúncia de pacientes sem alimentação

  • Ana Paula Amaral
Segundo Defensoria Pública , paciente internada no Hospital da Vida estava sem alimentação devido a prognóstico de apendicite (Foto: A. Frota)
Segundo Defensoria Pública , paciente internada no Hospital da Vida estava sem alimentação devido a prognóstico de apendicite (Foto: A. Frota)

A Defensoria Pública da União enviou nota à imprensa na noite de sexta-feira (16) retificando a informação de que teria encontrado pacientes renais crônicos sem água e comida durante inspeção realizada no Hospital da Vida no dia 8 de agosto.

No site institucional, a Defensoria Pública havia informado que encontrou pacientes há mais de um dia na ala vermelha sem ingerir água ou alimentos, aguardando diagnóstico e sem nenhuma informação da equipe atuante no hospital. Além disso, segundo a instituição, também foram encontrados pacientes que relataram dores há pelo menos 3h e sem medicamentos.

Um dia depois de publicar o material oficial, a Defensoria Pública voltou atrás e informou que a denúncia mantém relação apenas com problemas no atendimento nefrológico, já que os pacientes que estavam internados eram crônicos e a internação se mantinha por ausência de vagas em clínica médica especializada, apenas aguardando que o município de Dourados disponibilize vagas para se submeterem a hemodiálise de forma ambulatorial.

A nota enviada à imprensa, assinada pela defensora pública Mariza Fátima Gonçalves, a entidade nega a informação de que os pacientes estavam sem alimentação e hidratação. Segundo a nota, a paciente citada pelo órgão e que estaria sem água e sem comida trata-se de um caso específico de uma paciente do sexo feminino, que estava há 30 horas com alimentação e água suspensa (conhecida como dieta zero) em razão de prognóstico de apendicite, com possibilidade de ser submetida a cirurgia de urgência.

Segundo a entidade, “a alimentação e a água dos pacientes de nefro estavam sendo fornecidas de forma regular, sendo problema específico sobre a ausência de vagas em clínicas especializadas em hemodiálise no município de Dourados para atendimento ambulatorial”. 

Comentários
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  • Sandra

    Sandra

    Nossa! Mas 30 horas sem comida e água não é muito tempo? Por conta de uma apendicite? Que horror! Vida de pobre é uma desgraça mesmo.