Délia tem 5ª baixa no secretariado
Desde o início do mandato, prefeita de Dourados já havia perdido titulares das secretarias de Educação, Planejamento, Governo e assessor especial
A prefeita Délia Razuk (PR) sofreu sua quinta baixa no secretariado municipal desde que começou sua gestão no comando da Prefeitura de Dourados. Nesta quarta-feira (7), o Diário Oficial do Município comunica a exoneração do secretário municipal de Cultura, Gil de Medeiros Esper. A publicação não detalha os motivos da saída, mas deixa claro que foi iniciativa dele próprio.
De acordo com o Decreto nº 791 de 06 de fevereiro de 2018, "fica exonerado, a pedido, o senhor Gil de Medeiros Esper, do cargo de Secretário Municipal de Cultura, símbolo DGA - 1, a partir de 07 de fevereiro de 2018".
Ex-coordenador de Cultura da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Gil Esper, de 35 anos, foi um dos primeiros secretários municipais anunciados por Délia logo após a vitória nas urnas durante a eleição municipal de 2016. Professor universitário, ele assumiu a Cultura com um orçamento R$ 2.653.000,00 em seu primeiro ano de gestão.
Ainda no final de 2017, Gil Esper chegou a declarar que pretendia deixar o cargo público comissionado para dedicar-se a projetos pessoais. Assessores da prefeitura informaram que Rosimara Aparecida Osório, servidora nomeada diretora de departamento da Secretaria Municipal de Cultura, deverá assumir a pasta de forma interina.
BAIXAS
Desde o início de seu mandato, a prefeita Délia Razuk já perdeu outros quatro ocupantes de cargos do primeiro escalão. No dia 22 de fevereiro, Albino Mendes foi exonerado. "Assessor Especial II", símbolo DGA- 02, lotado no gabinete da mandatária, ele tinha status de secretário. Ele mesmo pediu para sair após recomendação do MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), que estabeleceu prazo de 10 dias para que isso ocorresse.
Já no dia 14 de março foi a vez de Raufi Antonio Jaccoud Marques pedir para sair. Responsável pela Secretaria Municipal de Governo, ele também foi alvo de recomendação do MPE, que apontou seu impedimento de seguir no cargo por ser implicado na Lei da Ficha Limpa em decorrência de condenação sofrida no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por improbidade administrativa em processo da época que era secretário de Estado de Coordenação-Geral de Governo de Mato Grosso do Sul, à época governado por José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.
Também em março, Audrey da Silva Milan Conti pediu exoneração da Secretaria Municipal de Educação. Sócia-proprietária de uma escola particular de ensino fundamental em Dourados, ela foi uma das primeiras secretárias anunciadas por Délia, dias antes de tomar posse como prefeita. Mas pediu para sair depois que o vereador Idenor Machado (PSDB) declarou ter recebido um pré-convite para assumir a pasta que ela comandava.
E no dia 6 de dezembro do ano passado foi a vez de José Elias Moreira deixar a Secretaria Municipal de Planejamento. Ex-prefeito de Dourados na década de 1980, ele pediu para sair sob a alegação de divergências sobre o Plano de Mobilidade Urbana do município com técnicos da Secretaria Municipal de Obras Públicas, pasta comandada por Tahan Sales Mustafa, que desde então passou a acumular funções ao assumir interinamente a secretaria que perdeu titular.