Douradense acusa UPA de negligenciar atendimento à idosa de 83 anos

  • Karina Veríssimo
José Aparecido afirma que a saúde de Dourados continua a desejar (Karina Veríssimo)
José Aparecido afirma que a saúde de Dourados continua a desejar (Karina Veríssimo)

O servente industrial José Aparecido dos Santos, morador no Estrela Porã, em Dourados, procurou a 94 FM para relatar os problemas e o descaso com sua sogra de 83 anos por parte da UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Ebraíma Rodrigues dos Santos usa cadeira de rodas há aproximadamente dois meses, após cirurgia por causa do ‘pé diabético’.

De acordo com o genro, a idosa precisa fazer a troca dos curativos todos os dias para evitar infecção. “No posto de saúde do bairro o atendimento é excelente, mas quando chega o final de semana e a gente vai na UPA, sofre com o descaso e o jogo de empurra”, disse.

Segundo José Aparecido, funcionários da UPA são “despreparados, mal educados, arrogantes e selecionam quem vão atender”. “Minha sogra e meu vizinho, que está com queimaduras nas pernas, foram à UPA para trocarem os curativos e ficaram lá das 13 às 19h. Disseram que não iriam atendê-los por não ser caso de vida ou morte. Que nós procurássemos o Hospital da Vida”, relatou.

Ainda segundo José Aparecido, os funcionários disseram que precisam os novos concursados assumirem os cargos para que haja o atendimento e que nem adianta argumentar ou fazer confusão.

“Tiraram o PAM, para instalar aquele negócio lá que não funciona. Para onde vai o dinheiro dos nossos impostos? E nosso direito básico à saúde? A propaganda diz que Dourados é melhor para se viver, onde é isso? Só se for para quem tem condições, pois o pobre só sofre”, desabafou o servente.

E no jogo do empurra, a família foi ao Hospital da Vida, onde a equipe de saúde afirmou que lá só atende emergência e não realiza a troca de curativos, que isso era serviço da UPA. “Fiquei louco quando me disseram isso, me alterei, discuti, fiz confusão. Foi quando um conhecido meu, que trabalha lá, me viu e resolveu minha situação”, explicou.

“Dizem que desacatar um funcionário público pode dar cadeia. E quando nós somos agredidos por esse povo? Somos pessoas, cidadãos, pagamos impostos e temos nossos direitos. É preciso alertar as autoridades sobre a situação para que uma solução seja tomada”, finalizou José Aparecido.

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