Dourados tem menor índice de umidade relativa do ar desde o início de 2017

Boletim Guia Clima, da Embrapa Agropecuária Oeste, indica Estado de Alerta por causa dos riscos à saúde humana decorrentes do tempo seco

Calorão superior a 37ºC somado à seca de quase um mês derruba umidade relativa do ar em Dourados (Foto: André Bento/Arquivo)
Calorão superior a 37ºC somado à seca de quase um mês derruba umidade relativa do ar em Dourados (Foto: André Bento/Arquivo)

Problemas respiratórios, sangramento pelo nariz, irritação nos olhos e ressecamento de mucosas e da pele. Essas são algumas das consequências à saúde humana provocadas pela baixa umidade relativa do ar, conforme avaliação da OMS (Organização Mundial de Saúde). E apresentar algum desses sintomas pode ter sido comum em Dourados na tarde desta sexta-feira (15), quando houve o registro do tempo mais seco desde que 2017 teve início.

De acordo com o Boletim Guia Clima, atualizado com informações da estação agrometeorológica ativada no município em 1979 pela Embrapa Agropecuária Oeste, a umidade relativa do ar mínima atingiu 14% às 12h10 de hoje. Foi o menor nível do ano na cidade, superando os 15% apurados às 15h10 do dia 6 de setembro, véspera do feriado da Independência do Brasil.

CALORÃO

Também hoje, a Embrapa fez o registro de 37.3ºC às 13h41, a temperatura máxima do dia. Na quinta-feira (14), Dourados teve o maior calorão de 2017, quando os termômetros apuraram 37.6ºC às 13h38.

"O calor excessivo, além de provocar desconforto térmico, pode afetar o desempenho e o comportamento das pessoas, causando mal estar, inquietações e perda de concentração. Além disso, pode causar fadiga, câimbra e esgotamento. Neste site a sensação térmica devido ao efeito conjunto de temperaturas altas e da umidade do ar é medida pela Temperatura Aparente ou índice de calor. O nível de risco à saúde humana é avaliado com base no critério da NOAA's National Weather Service Office dos Estados Unidos", informa a Embrapa.

SECA

E todo esse calor, somado à seca - o mais recente registro de chuva ocorreu em 18 de agosto -, provoca a queda da umidade relativa do ar. "Níveis baixos de umidade relativa do ar indicam que há uma pequena quantidade de água, em forma de vapor na atmosfera. Quando isso ocorre, são comuns os problemas respiratórios, sangramento pelo nariz, irritação nos olhos e ressecamento de mucosas e da pele", detalha o Guia Clima.

A partir de critérios estabelecidos pela OMS para avaliar os riscos à saúde humana em decorrência de baixos índices de umidade relativa do ar, a Embrapa Agropecuária Oeste indica que o nível atual de Dourados está classificado como Estado de Alerta, o segundo menor em uma escala que tem Estado de Emergência na condição mais crítica, quando há menos de 12%.

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