Educadores agendam terceira paralisação e protesto contra Prefeitura de Dourados

Categoria queixa-se de não haver avanço nas negociações salariais com a prefeitura e prometem novo protesto no Centro Administrativo Municipal

Educadores de Dourados prometem novo protesto na prefeitura (Foto: Divulgação/Simted)
Educadores de Dourados prometem novo protesto na prefeitura (Foto: Divulgação/Simted)

Assembleia realizada quarta-feira (4) pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados) aprovou mais um dia sem aulas no município. Em protesto contra a prefeitura por falta de avanço nas negociações salariais, a categoria já fez outras duas paralisações desde 19 de junho e prometem uma manifestação no Centro Administrativo Municipal às 8h do próximo dia 11. 

“O movimento está demostrando para a população que o orçamento municipal da educação vem apresentando saldos positivos nos últimos anos e questionando como estão sendo aplicados esses recursos no ensino público. O município de Dourados (MS) vem recebendo, regularmente, recursos que, obrigatoriamente, devem ser aplicados na educação municipal, permitindo assim a valorização dos grupos magistério e administrativo”, argumenta a entidade sindical.

Segundo o Simted, a contraproposta dos educadores consiste em três pontos: “criação de um adicional do administrativo educacional no índice de 4,13% com valores retroativos ao mês de abril/2018 (data-base da categoria)”; “formalização, com data estabelecida em lei, para o reajuste de 7,64% referente ao ano de 2017 para o magistério”; e “incorporação do mesmo índice (7,64%), referente ao ano de 2017, no adicional do administrativo educacional, com data estabelecida”.

No dia 19 de junho, quando o Simted promoveu a primeira paralisação de um dia, a Prefeitura de Dourados divulgou notícia indicando que os professores do município ganham “quase o dobro do Piso Salarial nacional”. “Atualmente, em Dourados, um professor com curso superior, a maioria predominante nas unidades da área urbana, recebe R$ 4.588,95 pelas mesmas 40 horas pelas quais o MEC manda pagar R$ 2.455. Por 20 horas semanais trabalhadas, o menor salário no Município é de R$ 2.294,42, de acordo com levantamentos da Secretaria de Administração, contabilizada a reposição linear de 2,68% concedida a partir de abril”, detalhou a administração municipal.

Ainda para rebater o ato deliberado pelo Simted, a prefeitura argumentou que “como o Piso Salarial nacional é exigido apenas para professores com Ensino Médio, o que sindicalistas da área da Educação de Dourados também não explicaram e nem informam durante os manifestos realizados na cidade, a Prefeitura lembra que, nesse caso, o menor salário praticado em relação aos profissionais da Educação Indígena e de algumas unidades rurais, está em R$ 2.982,75 (também maior que os R$ 2.455) por 40 horas semanais de jornada”.


Comentários
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  • Jonathan

    Jonathan

    Nada contra os professores! Mas se formos descontar os dias que fazem greve todos os anos até que eles ganham bem . Todos os anos tem de 3 a 5 paralisações né?