Em cidade com 118 mortes por Covid-19, protesto mostra que falta até álcool gel
Sindenf, entidade sindical que representa profissionais de enfermagem, fez protesto na Prefeitura de Dourados nesta segunda-feira

Município com orçamento superior a R$ 1 bilhão, Dourados amarga 118 mortes provocadas pelo novo coronavírus e protesto realizado nesta segunda-feira (23) por profissionais da saúde pública revela que falta até álcool gel, item básico recomendado para prevenção à doença desde o início da pandemia.
No centro administrativo municipal, de frente para a entrada que leva ao gabinete da prefeita Délia Razuk (sem partido), a auxiliar de enfermagem Elizabeth Pereira Neto Oliveira, presidente do Sindenf, entidade sindical que representa profissionais de enfermagem, usou o microfone para desabafar.
A categoria realizou uma paralisação hoje e entre as queixas está o atraso no pagamento, por parte da prefeitura, do PMAQ, Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, aos servidores do setor.
Mas os problemas para quem atua no primeiro atendimento aos douradenses que recorrem ao sistema de saúde pública vão além. Mesmo com o orçamento bilionário e o aporte de R$ 38 milhões especificamente para ações de enfrentamento à Covid-19, faltam materiais, insumos e até equipamentos de proteção individual.
A lista do que falta, feita pelos profissionais do Sindenf, foi enviada para a reportagem e pode ser conferida a seguir:
• Álcool em gel;
• Clorexidine e pvipi;
• Esparadrapo e fita micropore;
• Otoscópio;
• Pilhas diversas;
• Bolsa coletora de urina;
• Teste rápido de gravidez;
• Agulha 40x12, 20x5.5,
• Luva de procedimento e luva estéril de diversos tamanhos;
• Papel toalha;
• Mascara cirúrgica;
• Sonda vesical;
• Anestésico;
• Cateter tipo óculos;
• Abocath;
• Xylocaina;
• Seringa de 5 ml;
• Lâmina e fixador celular,
• Lençol ginecológico;
• Scalp de diversas numerações;
• Gaze tipo queijo;
• Polifix;
• Fita crepe;
• Máscara com reservatório;
• Tesoura Ponta romba;
• Esfigmo.