Emergência financeira na Saúde e atraso nos salários de servidores marcam ano

Retrospectiva 2017: falta de dinheiro nos cofres públicos municipais afetou a vida de servidores públicos e até da Fundação que administra atendimento hospitalar em Dourados

Equipe de enfermagem que atua na UPA e no Hospital da Vida criticou atraso nos salários pagos pela Funsaud (Foto: Divulgação)
Equipe de enfermagem que atua na UPA e no Hospital da Vida criticou atraso nos salários pagos pela Funsaud (Foto: Divulgação)

Faltou dinheiro em 2017. Em uma rápida retrospectiva feita pela 94FM sobre o que aconteceu este ano na Prefeitura de Dourados é possível ver que esse foi argumento constante na administração municipal. Justificou, por exemplo, o decreto de emergência financeira e administrativa na Funsaud (Fundação dos Serviços de Saúde de Dourados) e os três meses consecutivos de atraso nos salários do funcionalismo público municipal.

Mesmo antes do atraso no pagamento do 13º salário dos servidores públicos municipais, a prefeitura já deixava claro que a questão orçamentária não ia nada bem. Na edição do dia 17 de novembro do Diário Oficial do Município, foi publicada a Portaria 159, que declarou estado de emergência financeira e administrativa na Fundação criada em 2014 para gerir a UPA 24 Horas (Unidade de Pronto Atendimento) e o Hospital da Vida.

Com alegação de dívidas que superam R$ 21 milhões, o diretor-presidente da Funsaud, Américo Monteiro Salgado Junior, determinou a suspensão de contratos e pagamentos. Válido por 180 dias, esse decreto foi justificado para evitar o colapso financeiro e administrativo da Fundação.

Antes disso acontecer, ainda em setembro, começou o calvário de servidores públicos municipais que, embora tenham trabalhado regularmente durante o mês, não conseguiram receber seus salários em dia. Foi naquela ocasião que a prefeitura anunciou a política de escalonamento dos vencimentos, que na prática parcelou a folha.

Desde então, nem todo mundo que trabalha na administração municipal tem conseguido ver a cor do dinheiro na data prevista pela legislação, o 5º dia útil do mês. Neste final de ano, até o tão esperado 13º salário deixou de ser pago em dia e um grupo só deve receber em janeiro de 2018.

E se alega falta de dinheiro, a Prefeitura de Dourados também aponta até um culpado para isso: o PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações) aprovado em 2016 pela Câmara de Vereadores, com voto, inclusive, da agora prefeita Délia Razuk (PR), à época vereadora pelo PMDB.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.