Enquete mostra que 95,92% dos internautas não concordam nos mandatos relâmpagos, de apenas um mês

A enquete foi realizada pelo site Dourados News, na semana passada.

  • Karol Chicoski
Os mandatos relâmpagos são de apenas um mês - Foto: José Cruz/Agência Brasil
Os mandatos relâmpagos são de apenas um mês - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ao responder a pergunta ‘O que você acha do mandato tampão de um mês, para suplentes de deputados?’, 95,92% dos eleitores do site Dourados News disseram ser contra aos cargos temporários. Já aqueles que falaram que o trabalho, de apenas um mês, é necessário, totalizou 4,08% dos votos.

A pesquisa, feita pelo Dourados News foi realizada na semana passada e teve mais de 40 votos.

Essa discussão vem após, mesmo sabendo que o legislativo está em recesso e que não terá projetos para analisar, em Mato Grosso do Sul, três deputados aceitaram assumir a suplência, onde irão ficar no mandato apenas até o dia 31 deste mês. A posse foi realizada nos dias 2 e 3 de janeiro deste ano pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). 

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Marçal Filho, eleito deputado estadual por Mato Grosso do Sul, foi o único do Brasil a não aceitar o cargo e ficar recebendo sem trabalhar como deputado federal, pelo curto período. Marçal teria direito de assumir o cargo a ser deixado pelo deputado federal Geraldo Resende, do mesmo partido, que no dia 28 de dezembro foi anunciado pelo governador Reinaldo Azambuja como secretário de saúde para o segundo mandato do governador. 

Segundo Marçal, ocupar a vaga num período de recesso parlamentar do Congresso, recebendo salário e benefícios como qualquer outro parlamentar, é considerado imoral. "Como não fiz parte do atual mandato e que em 1º de fevereiro de 2019 os eleitos em outubro assumirão seus cargos, julgo não ser digno participar de uma legislatura de transição do Congresso, não justificando e não havendo, dessa forma, necessidade da minha posse, até porque não será possível apresentar proposições de projetos em benefícios à sociedade", anunciou o deputado estadual eleito.

Já os suplentes que irão ficar no cargo apenas até 31 de janeiro não se importaram em receber uma pequena fortuna, que pode custar quase R$ 80 mil aos cofres públicos, em um curto período de tempo. Aqui em MS, os três deputados que aceitaram os cargos, de apenas um mês, são o Coronel Bittencourt (PRB), Ademar Vieira Junior (PSD-MS), ou Junior Coringa, como é conhecido, e Carla Stephanini (MDB).


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