Contrato do Estado prevê R$ 8,5 milhões anuais para reabrir hospital em Dourados

Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados está fechado desde novembro de 2016; unidade agora será administrada por uma organização social com sede em São Paulo

Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados foi fechado em novembro de 2016 (Foto: Reprodução)
Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados foi fechado em novembro de 2016 (Foto: Reprodução)

O Governo de Mato Grosso do Sul homologou na terça-feira (20) o contrato para garantir a reabertura do Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados. Inaugurada no dia 1º de dezembro de 2015 com investimentos de R$ 1,2 milhão, essa unidade hospitalar foi fechada menos de um ano depois, em novembro de 2016. Agora, sua administração caberá a uma organização social contratada por R$ 8,5 milhões anuais.

Vencedor do Chamamento Público nº 001/2017, o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública - GAMP, autointitulada "uma instituição sem fins lucrativos, que incorpora na sua missão promover a constante melhoria dos atendimentos e da gestão SUS em todo o território nacional", tem cinco dias úteis para enviar representante para assinatura do contrato na Coordenadoria Jurídica da Secretaria de Estado de Saúde/MS, em Campo Grande.

De acordo com o edital do Processo nº 27/000.368/2017, cujo objeto era a seleção de organização social para celebração de contrato de gestão do Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados, o valor mensal que será pago a essa organização social com sede em Cotia, no interior de São Paulo, é de R$ 716.100,00. Por ano, serão R$ 8.593.200,00.

Ativado oficialmente pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no dia 1º de dezembro de 2015 com investimento de R$ 1,2 milhão, o Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados parou de atender menos de um ano depois, em novembro de 2016.

Na ocasião, o governo estadual informou ter investido R$ 1,2 milhão em equipamentos, assumiu o compromisso de pagar os aluguéis ao dono do prédio, antigo Hospital São Luiz, e designou o médico oncologista David Infante Vieira para o cargo de diretor. Coube à Associação Beneficente Douradense, entidade que administra o HE (Hospital Evangélico), gerir a unidade com cedência de corpo clínico e setor de RH (Recursos Humanos).

Contudo, esse vínculo formalizado sem licitação foi alvo de recomendação do MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) em agosto de 2016. Promotores de Justiça que vistoriaram o prédio apontaram falta de aproveitamento da estrutura, sujeira e abandono no hospital, e recomendaram o fim da parceria entre Estado e Associação Beneficente Douradense.

Comentários
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  • Sandra

    Sandra

    Gostaria de saber quando é que esse hospital funcionou efetivamente.Penso que a população está sendo ludibriada novamente.É muito dinheiro para não funcionar como deve.