Exame de DNA pode confirmar identidade de advogado morto há quatro meses

Em despacho, juiz determinou realização de exame e também autorizou pais da vítima a atuarem como assistentes de acusação contra o réu do caso

Advogado Valmir Leite Júnior foi morto a facadas e teve o corpo carbonizado no porta-malas do próprio carro (F... ()
Advogado Valmir Leite Júnior foi morto a facadas e teve o corpo carbonizado no porta-malas do próprio carro (F... ()

O juiz César de Souza Lima, titular da 3ª Vara Criminal de Dourados, determinou que seja realizado exame de DNA para confirmar se o corpo encontrado carbonizado dentro de um veículo em chamas no bairro Estrela Verá em fevereiro deste ano é o do advogado Valmir Leite Júnior. O magistrado também autorizou que os pais da vítima atuem como assistentes de acusação no processo instaurado contra Juliander de Oliveira Alcântara, de 25 anos, réu confesso do crime.

Em despacho proferido no dia 3 passado, o magistrado determinou a realização de exame “a fim de analisar se a amostra de perfil genético colhido no vegetal seco corresponde coma extraída dos restos mortais da vítima”. O procedimento deve ocorrer mesmo após o corpo ter sido liberado para a família sepultar depois que o Ford Fusion de Valmir foi encontrado em chamas por policiais militares.

Quando esclareceu o caso, o SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil informou que o advogado foi morto a facadas pelo cliente, Juliander, que em seguida incendiou o carro com o corpo da vítima no porta-malas. O acusado foi preso um dia após o crime, em 17 de fevereiro, e consta no processo movido pelo MPE (Ministério Público Estadual) na condição de réu confesso do assassinato.

Também no início de julho, o juiz responsável pelo processo aceitou o pedido feito pelos pais de Valmir, que tinha 33 anos à época do crime, para integrarem a ação como assistentes da acusação. O advogado Maurício Rasslan também foi aceito para atuar nessa condição.

No dia 26 de maio, durante o mutirão carcerário, esse mesmo magistrado manteve a prisão provisória de Juliander por considerar a gravidade do crime. Além disso, em 18 de junho o juiz determinou uma avaliação mental do réu para saber se ele poderia ser punido e qual tipo de punição lhe poderia ser aplicada.

Na ocasião, tanto o juiz quanto a Defensoria Pública do Estado, responsável pela defesa do réu, propuseram questões a serem respondidas pelo perito. Entre elas, “se o periciado era, ao tempo do fato, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato” e qual o tratamento adequado a eventual patologia, “internação ou tratamento ambulatorial”.

No final de junho, o perito apresentou seu relatório confirmando transtorno delirante persistente do avaliado, mas considerou que bastaria um tratamento ambulatorial para mantê-lo em bom estado. Além disso, atestou que ele tinha consciência do que fez ao matar.

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