Greve dos bancários fecha todas as agências de Dourados, diz sindicato
O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região informou que o número de agências fechadas nesta sexta-feira (9) chega 48 em todos os municípios da base sindical. Em 13 cidades, apenas Douradina e Juti mantêm atendimento no Banco do Brasil.
Neste quarto dia de greve a categoria informa ter 100% de adesão entre trabalhadores de bancos privados. São 11 municípios com 48 agências fechadas. As duas exceções são as do Banco do Brasil de Douradina e de Juti.
Conforme o sindicato, são 23 agências fechadas em Dourados, quatro em Maracaju, quatro em Caarapó, quatro em Rio Brilhante, três em Fátima do Sul, duas em Nova Alvorada do Sul, duas em Itaporã, duas em Glória de Dourados, duas em Deodápolis, uma em Jatei e uma em Vicentina.
“Destas, 16 do Banco do Brasil, 13 da Caixa Econômica, 11 do Bradesco, 03 do Itaú, 02 do Santander e, 03 do HSBC”, destaca o sindicato, ressaltando que, “embora os bancários estejam em greve, o autoatendimento das agências está disponível para o uso da população, assim como, o pagamento de benefícios aos aposentados, pensionistas e afastados por problemas de saúde”. “Além disso, o serviço essencial também está sendo executado regularmente pela categoria como determina a legislação”, destaca.
De acordo com reportagem da TV Morena veiculada hoje, em Campo Grande clientes reclamam da falta de envelopes para depósitos nos terminais de autoatendimento nas agências bancárias. “Outra preocupação da população é com a possibilidade de faltar dinheiro para saque nos caixas eletrônicos”, informa a publicação.
Ainda segundo a TV Morena, o sindicato que representa a categoria na Capital informou que “não vai faltar dinheiro para saque porque os equipamentos serão abastecidos” e que os envelopes para depósito dependem de cada agência. “Enquanto algumas têm funcionários para continuar o serviço de depósito e compensação, outras estão sem funcionários, por isso, o serviço está suspenso”, informa a reportagem.
A greve dos bancários foi deflagrada em todo o país na terça-feira (6), após o fracasso na negociação salarial com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). “O setor que mais lucra no país ofereceu reajuste ilusório de 5,5%, o que representa perda de 4% diante da inflação, e um abono de R$ 2,5 mil que nem é este valor mesmo já que sobre ele incide imposto de renda e INSS. E é pago uma vez só, ou seja, não tem efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria”, queixam-se os bancários.