Greve dos funcionários públicos do Hospital Universitário pode iniciar na sexta-feira
O motivo da possível greve que deve ocorrer na sexta é a data-base do reajuste do mês de março, que até o momento não teve avanço nas negociações.
Na manhã desta terça-feira (19) foi realizada uma Assembleia Geral Extraordinária, na qual teve a presença do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais de Mato Grosso do Sul (Sindsep/MS), e ficou decidido que os funcionários públicos do Hospital Universitário da UFGD, contratados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que se até quinta-feira, dia 21, nenhuma proposta for apresentada, darão início à greve por tempo indeterminado, na sexta-feira, dia 22.
Conforme o Sindsep de Dourados, o motivo da possível greve que deve ocorrer na sexta é a data-base do reajuste do mês de março, que até o momento não teve avanço nas negociações.
Conforme o sindicato, em novembro de 2016 teve como pauta para estabelecer o reajuste de março de 2017, porém, não foi apresentada nenhuma proposta.
Na manhã desta terça ocorreu também uma reunião em Brasília, onde teve a participação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para discutir sobre o assunto. Caso não haja negociações até o dia 21, onde ocorre outra assembleia do Sindsep, a greve será confirmada e deve afetar, por exemplo, 100% do setor administrativo do HU. Ainda conforme o Sindsep, vários hospitais da rede Ebserh no Brasil já aderiram à greve.
Na manhã de hoje, os funcionários disseram que fariam uma manifestação em frente ao hospital, porém, o ato não aconteceu e foi realizada a assembleia para discutir sobre o assunto. Durante a assembleia, em torno de 120 pessoas estiveram presentes.
No início da tarde de hoje, o HU-UFGD divulgou nota sobre essa questão. Confira na íntegra:
O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), está ciente da aprovação do estado de greve deliberada hoje (19) por parte dos colaboradores, com previsão de início da paralisação de atividades para o dia 22 de setembro (sexta-feira). O movimento é parte de uma mobilização nacional, de forma que cada um dos 39 hospitais da rede possui autonomia para decidir sobre sua adesão à greve.
Diante dessa decisão, a instituição vem trabalhando para garantir a prestação dos serviços à população e está no aguardo de comunicação por parte da representação sindical, informando quais setores serão afetados pela greve, para melhor reorganizar a oferta de assistência. A instituição acredita no bom senso da categoria, para que os serviços prestados à sociedade tenham o mínimo de impactos.
No que tange às negociações sobre as pautas reivindicadas, seguem acontecendo em Brasília com os representantes dos empregados.
O HU-UFGD reforça o importante papel da Ebserh, que continua na direção de modernizar a gestão dos hospitais universitários federais, preservando e reforçando o papel estratégico desempenhado por esses centros de formação de profissionais na área da saúde e de prestação de assistência à população.