Grupo contratado por R$ 21 milhões para oncologia tem habilitação rejeitada

Secretária municipal confirmou que o Ministério da Saúde negou proposta feita pelo município de Dourados para habilitar Hospital da Cassems

Prefeitura chegou a divulgar que diretor de Atenção Especializada do Ministério da Saúde atestou estrutura de Oncologia de Dourados (Foto: A. Frota)
Prefeitura chegou a divulgar que diretor de Atenção Especializada do Ministério da Saúde atestou estrutura de Oncologia de Dourados (Foto: A. Frota)

Contratado pela Prefeitura de Dourados por R$ 21 milhões para prestação de serviços médicos hospitalares e ambulatoriais de média e alta complexidade na área de Oncologia, o grupo formado pela Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) e pelo CTCD (Centro de Tratamento de Câncer Dourados) teve negada pelo Ministério da Saúde a habilitação para atuar nesse setor no município.

A informação foi prestada pela secretária municipal de Saúde, Berenice de Oliveira Machado Souza, em ofício direcionado no dia 8 passado ao MPE-MS (Ministério Público Estadual). Desde agosto de 2017 o órgão apura a regularidade técnica e jurídica da política de transição da prestação de serviços médicos de Alta Complexidade em Oncologia na cidade através do Inquérito Civil número 06.2017.00001417-1.

Ofício assinado pela secretária municipal de Saúde confirma que habilitação foi rejeitada pelo Ministério da Saúde (Foto: Reprodução)
Ofício assinado pela secretária municipal de Saúde confirma que habilitação foi rejeitada pelo Ministério da Saúde (Foto: Reprodução)
Esse procedimento foi aberto depois que a prefeitura encerrou o vínculo com o Hospital Evangélico Dr. e Sra Goldby King/Associação Beneficente Douradense, único estabelecimento de saúde habilitado como UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade) para o tratamento do câncer na grande região de Dourados, conforme o Ministério da Saúde.

Por meio de licitação, a administração municipal contratou por R$ 17.743.194,30 a Cassems para atuar nos procedimentos cirúrgicos, e por R$ 3.464.471,70 o CTCD, responsável pelo atendimento de Radioterapia e Quimioterapia.

No dia 30 de abril, em resposta a questionamento feito pelo MPE, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, já havia informado a negativa do Ministério da Saúde para habilitar o Hospital Cassems como UNACON com Serviço de Radioterapia de Complexo Hospitalar. Na ocasião, ele acrescentou que uma nova proposta de habilitação deverá ser feita pelos gestores do serviço em breve.

Comentários
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  • joao

    joao

    Quem que trabalha sem ter habilitação?
    Eu não posso dirigir uma carreta sem ter a habilitação necessária, agora para mexer com a vida das pessoas pode?
    Estao providenciando a habilitacao?
    será que os médicos que atendem também estao providenciando seus diplomas?
    fala sério ein!
    Nunca achei que iria falar isso, mas já está dando saudades do Murilo!