Histerectomia total videolaparoscópica é realizada pelo HU-UFGD

A cirurgia minimamente invasiva, além de menos agressiva, possibilita uma recuperação mais rápida e com menos intercorrências

  • Redação com Ebserh
Equipe de cirurgia do HU-UFGD realizando o procedimento cirúrgico (Foto: Divulgação/HU-UFGD)
Equipe de cirurgia do HU-UFGD realizando o procedimento cirúrgico (Foto: Divulgação/HU-UFGD)

Na quarta-feira (01), foi realizada pela equipe de cirurgia do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), filiado à Ebserh, uma histerectomia total videolaparoscópica, em uma paciente de 50 anos com neoplasia de útero.

O ineditismo se dá ao fato de que esse procedimento foi realizado há quase 12 anos no hospital pela primeira vez e foi retomado, com mais modernidade, na semana passada, através do SUS (Sistema Único de Saúde), possibilitando uma melhor recuperação aos pacientes submetidos a esse tipo de cirurgia.

Na videolaparoscopia são feitos pequenos orifícios, são introduzidos na cavidade abdominal os instrumentos para realizar a cirurgia (pinças) e um cabo óptico, o qual envia as imagens para uma tela de televisão e possibilita ao cirurgião acompanhar e fazer com precisão o procedimento cirúrgico, com a retirada do útero por via vaginal.

As vantagens são: menor tempo de recuperação, pós-operatório menos dolorido, retomada mais rápida as atividades cotidianas e melhor efeito estético, já que não são feitas grandes incisões (corte), o que evita grandes cicatrizes no abdômen da paciente.

Os procedimentos de CMI (cirurgia minimamente invasiva) estão associados à menor taxa de transfusão de sangue em virtude da melhor visualização gerada pelas câmeras que amplificam a visão bem como pela manipulação delicada das pinças nos tecidos. Em pacientes com câncer ao evitar transfusões, estamos preservando a sua imunidade, menor tempo de internação e retorno mais rápido às atividades normais ou início precoce de tratamento adjuvante (ex. quimioterapia), menor tempo de “intestino preso”, menos dor e, embora seja uma das menores preocupações, preserva muito a estética.

“Usamos um material específico para cirurgia laparoscópica: pinças de 5mm, uma câmera de 10mm e um manipulador uterino que auxilia retirada do útero “por baixo” via vaginal, como no parto normal. Os pequenos orifícios cicatrizam bem mais rápido que a cirurgia convencional.”, explica o cirurgião oncológico Dr. Vitor Arce Cathcart Ferreira, o principal médico responsável pelo procedimento.

Sobre a Rede Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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