Idenor Machado deixa a prisão após liminar do TJ-MS

A ordem para soltá-lo foi concedida, por volta das 16h, de hoje.

  • Karol Chicoski
Idenor estava na prisão desde a última sexta-feira (Foto: reprodução)
Idenor estava na prisão desde a última sexta-feira (Foto: reprodução)

O vereador afastado Idenor Machado (PSDB), deixou a prisão na noite desta segunda-feira (21) após liminar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

Idenor estava na 1ª Delegacia de Polícia de Dourados, desde a última sexta-feira (18). A ordem para soltá-lo foi concedida, por volta das 16h, de hoje, pelo desembargador Paschoal Carmello Leandro, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Preso novamente

Na terça-feira da semana passada, dia 15, o promotor de Justiça Ricardo Rotunno encontrou provas de que Idenor Machado tinha ido à sede da Câmara Municipal depois de ser solto, descumprindo medida cautelar onde exigia que ele permanecesse longe do local. 

Depois disso, a defesa do vereador afastado contestou os argumentos, mas a prisão foi decretada mesmo assim e Idenor Machado voltou a ser preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na tarde de sexta-feira (18), após mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Luiz Alberto de Moura Filho da 1ª Vara Criminal de Dourados.

Após a decisão, o advogado de Idenor, Felipe Cazuo Azuma, entrou com pedido de liberdade alegando que não havia nas medidas cautelares a proibição do vereador em ir até a Câmara. E, hoje, o pedido foi atendido por Paschoal Leandro.

Ao conceder a liminar que revoga a prisão preventiva, o desembargador afirma: “Vislumbra-se, em tese, a ocorrência de possível usurpação de competência, uma vez que, estando a liberdade do paciente albergada por liminar concedida nesta Instância, não cabe ao juízo decidir sobre eventual descumprimento das medidas cautelares deferidas, mesmo porque, ainda não houve o julgamento de mérito”.

O vereador afastado, de 68 anos, antes de ser preso na última sexta-feira, estava em liberdade desde o dia 17 de dezembro em função de um habeas corpus expedido pelo desembargador Paschoal Carmelo Leandro, após ser preso no dia 5 do mesmo mês, durante a Operação Cifra Negra, que investiga fraudes em licitações e corrupção ativa e passiva, que, conforme fortes indícios, ocorrem no âmbito da Câmara Municipal de Dourados há pelo menos oito anos.

Além de Idenor Machado, foram presos no dia 5 do mês passado Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB), além de um servidor do legislativo, Amilton Salinas, e o ex-vereador Dirceu Longhi (PT). No total, dez mandados de prisão e um de busca e apreensão foram realizados em Dourados e em Campo Grande. 

Durante a operação, foram apreendidos documentos referentes a licitações dos anos de 2010 a 2016.

De acordo com o MP, para garantir que o esquema funcionasse, as empresas repassavam valores mensais a servidores públicos, entre eles, vereadores membros da Mesa Diretora da Câmara à época.


Comentários
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  • Livia Caroline

    Livia Caroline

    POxa. Pode ser lei, mas lei é bandido na cadeia! esse cara não merece esta solto.