Impedidos de atender, comerciantes de Dourados questionam filas de bancos
Decreto municipal com medidas para enfrentamento da situação de emergência decorrente da pandemia fez ressalvas para o atendimento do comércio

Impedidos de atender seus clientes como de costume por força de decreto municipal que restringe o funcionamento do comércio por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), empresários de Dourados questionam as enormes filas com aglomeração de pessoas para entrar nas agências bancárias da cidade.
Em 23 de março, quando publicou o Decreto nº 2.480 de 23 de março de 2020 para ampliar e consolidar medidas para enfrentamento da situação de emergência decorrente da pandemia no município, a prefeita Délia Razuk (PTB) fez ressalvas para o atendimento do comércio.
Conforme a publicação, fica vedado por prazo indeterminado o funcionamento do comércio e serviços em geral, ressalvadas algumas medidas, sobretudo voltadas à intensificação das ações de limpeza, disponibilização, as suas expensas, de álcool em gel aos seus clientes, e desenvolvimento de medidas de prevenção junto aos seus trabalhadores.
“O funcionamento de restaurantes, conveniências, lanchonetes, cafés, padarias e estabelecimentos do ramo alimentício, distribuidoras de água mineral e gás, se dará exclusivamente por meio de entregas em domicílio ou de retirada de produtos no próprio estabelecimento, adotadas as medidas estabelecidas pelas autoridades de saúde de prevenção ao contágio e contenção da propagação da infecção viral, sendo vedado o consumo no local”, estabeleceu o decreto.
Os questionamentos enviados à 94FM por empresários locais são motivados porque esse mesmo decreto delimita que “o atendimento ao público em agências dos correios, casas lotéricas e correspondentes bancários também está condicionado à adoção de medidas preventivas de higiene e sem aglomeração de pessoas”.
Segundo os comerciantes ouvidos pela reportagem, embora limitem a entrada de clientes, as agências bancárias não têm controle sobre as filas e aglomerações formadas do lado de fora. Além disso, queixam-se de não haver qualquer fiscalização sobre isso por parte da administração municipal.